O término em ‘pizza’ da
Alvo de críticas de Gabriel por ter desistido de apresentar o relatório final da CPI da Pampulha, a vereadora Flávia Borja (PP) enviou, ao grupo, mensagem em que aponta “violência política” e “falta de equilíbrio” no discurso adotado pelo presidente. Juliano Lopes (Agir), vice-presidente da Casa, também se manifestou.
“Isso não pode ficar assim! Não adianta pedir desculpas sem se retratar publicamente. Só tinha visto até então o restante da reunião da CPI, quando regimentalmente você perdeu. Isso é um absurdo! Está mesmo questionando a minha fé, meu caráter e minha conduta?? Está questionando os meus atos, sendo que agimos regimentalmente? Que todos aqui possam ver o que você fez!”, digitou a parlamentar. A veracidade da mensagem foi confirmada pela Itatiaia.
As reclamações de Flávia foram feitas após Gabriel dizer, em uma entrevista, que a parlamentar do PP “tem preço na testa”. “Fala de Deus, mas obedece o demônio e serve a quem não tem caráter”, disparou o parlamentar.
O embate gira em torno do término, sem conclusões formais, da CPI que investiga contratos firmados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e empresas chamadas para limpar a Lagoa da Pampulha.
Durante a conversa no grupo, Juliano Lopes chegou a sugerir a convocação de uma entrevista coletiva como forma de retratação pública ante Flávia.
“Como você (Gabriel) disse, todos nós erramos, mas (tenha) consideração às pessoas que te colocaram na presidência. Faça isso. Te peço encarecidamente”, escreveu, declarando ter “respeito e admiração” por Flávia Borja.
Entenda o caso
No início da semana, o relator do colegiado, Braulio Lara (Novo), apresentou parecer solicitando ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
O relatório de Braulio, contudo,
A situação gerou um impasse. Como o prazo de funcionamento da CPI se encerraria às 12h dessa quarta, não houve tempo hábil para que um terceiro vereador fosse designado para escrever mais um relatório. Gabriel Azevedo foi um dos parlamentares a protestar contra a forma como a comissão encerrou os trabalhos.
A reportagem procurou o presidente da Câmara para comentar a discussão no grupo de WhatsApp.
“Uma CPI não poderia terminar sem relatório da maneira que se deu. Isso fez com que outra CPI fosse criada para que o trabalho siga em frente. Quanto à intensidade da declaração, conversei com a vereadora e manifestei-me sobre isso em plenário também”, afirmou.
Gabriel, de fato, se desculpou com Flávia Borja em plenário. Segundo ele, os vereadores formam um “time” que não deve se dividir. Durante o discurso, ele se referiu ao prefeito Fuad Noman (PSD) como “prefeitinho”.
A nova CPI citada pelo chefe do Legislativo