O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), terminou o primeiro semestre de 2023 com as principais pautas econômicas encaminhadas no Congresso Nacional, elogiado pelo presidente Lula (PT) por sua capacidade de articulação política e com menções predominantemente positivas nas redes sociais pela atuação em favor da reforma tributária.
Haddad também tem mantido boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a sugerir a Lula no mês passado que o ministro da Fazenda assumisse o Ministério da Casa Civil, responsável pela relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. Dessa forma, Haddad passaria a articular não apenas a aprovação de projetos relacionados à economia, mas as propostas do governo federal para todas as áreas. O presidente rechaçou a sugestão.
A relação com Lira ajudou o ministro da Fazenda a conquistar três vitórias importantes nos últimos meses: além da reforma tributária, os deputados federais aprovaram o novo arcabouço fiscal e, na última sexta-feira (7)
Questionado sobre o desempenho de seu ministro, Lula afirmou que não precisou entrar em campo para articular a aprovação da reforma tributária por causa do bom trabalho feito pelo subordinado. “O Haddad está jogando bem. Se ele fosse jogador de futebol e tivesse a convocação da seleção agora, certamente ele seria convocado pois está jogando de uma forma extraordinária, tendo muita paciência, conversando com as pessoas e fazendo as negociações que tem que ser feitas”, afirmou o presidente em entrevista ao SBT na quinta-feira (6).
Foto com Tarcísio levou a racha na direita
Um episódio envolvendo Haddad foi o responsável por desencadear um princípio de crise entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Tarcísio iniciou a semana com críticas a um ponto da reforma tributária que previa a criação do Conselho Federativo, órgão que será responsável por distribuir aos estados e municípios os impostos arrecadados. O governador de São Paulo defendia outro sistema, uma câmara de compensação, que descentralizaria o processo de repasse.
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Redes sociais
Levantamento feito pela Quaest no Facebook, Twitter e Instagram entre quinta-feira (6) e sexta-feira (7)
Segundo dados divulgados pelo cientista político e diretor da empresa, Felipe Nunes, do total de menções ao ministro da Fazenda relacionadas ao tema, 78% foram positivas e 22%, negativas. Lira vem em segundo, com 63% de comentários positivos e Lula em terceiro, com 58%.
Já a atuação de Tarcísio de Freitas dividiu as redes: 49% dos comentários foram positivos, enquanto 51% opinaram negativamente sobre a atuação do governador de São Paulo. A maior desaprovação foi a de Bolsonaro: 71% das mensagens que citaram o ex-presidente foram negativas e apenas 29%, positivas quando o assunto era a reforma tributária.