O governador Romeu Zema (Novo) disse nesta quarta-feira (5) que há potencial para ampliar a relação comercial entre Minas Gerais e o Japão. Ele declarou que o histórico é positivo, citou a Usiminas e a Cenibra e apontou a preocupação de seu governo com a sustentabilidade ambiental.
“No que depender de Minas Gerais, nós daremos todo o suporte e estamos deixando muito claro aqui para a delegação japonesa a nossa responsabilidade ambiental”, disse Zema em entrevista coletiva após a abertura da 24ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, realizada em Belo Horizonte.
“Minas Gerais está totalmente comprometida com o Race to Zero, que visa anular a emissão de gases de efeito estufa até 2050. Nós queremos que os produtos produzidos aqui no estado e exportados tenham o selo verde”, acrescentou.
Embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji estimou que cerca de 100 empresários japoneses participaram do evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação Empresarial do Japão (Keidanren) com apoio da Fiemg.
“Isso significa grande interesse das empresas japonesas de investir e fazer comércio com o Brasil e Minas Gerais. Além disso, recentemente o governo japonês decidiu começar a isenção de vistos de curta duração para os brasileiros. Com isso, queremos dar ímpeto ao intercâmbio de turistas e de homens de negócio entre o Japão e o Brasil”, declarou o embaixador.
Na última década, o Brasil exportou US$ 55,4 bilhões e importou US$ 49,7 bilhões do Japão. Os principais produtos exportados para o país asiático foram milho não moído, minério de ferro, carnes de aves, café não torrado, soja e alumínio. Já os produtos mais importados do Japão para o Brasil foram partes e acessórios de veículos automotivos, compostos organo-inorgânicos, motores de pistão, máquinas e aparelhos elétricos.
Transição energética
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também participou do encontro. Ele afirmou que o Japão pode ajudar o Brasil em áreas como a descarbonização do setor industrial e na transição energética, com geração de energia limpa.
“Em outras oportunidades, o presidente Lula mencionou que gostaria de que o Japão fosse parte importante do processo de reindustrialização do Brasil. Vamos estruturar políticas para manter o Brasil como protagonista mundial de energia limpa, avançando na reindustrialização do nosso país, gerando emprego e renda para o nosso povo”, disse o ministro. “Acreditamos que o Japão pode ser um parceiro nesse caminho”, concluiu Silveira.