A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente
“No meu entender, a decisão do TSE foi pedagógica”, disse Gleisi que participou de um painel do 26º
Para Gleisi, o bolsonarismo seguirá vivo mesmo depois da ausência de Bolsonaro nos próximos pleitos, mas fica uma lição. "É óbvio que essa decisão não tira a extrema-direita do jogo político. O bolsonarismo continua aí. Isso vai dar dimensão a eles até onde eles podem ir. Se eles não tiverem os limites, também não vão poder continuar”, afirmou.
Bolsonaro é declarado inelegível
O julgamento do TSE que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos teve início na quinta-feira, 22, foi concluído nesta sexta-feira, por cinco votos a dois. O ex-presidente não poderá disputar as eleições municipais de 2024 e 2028 e as eleições gerais de 2026. O prazo de inelegibilidade começa a ser contado a partir do primeiro turno das eleições - 2 de outubro de 2022. Então, ele poderá concorrer novamente às eleições gerais em 2030 por apenas quatro dias. Daqui a sete anos, o pleito será realizado em 6 de outubro.
No terceiro dia do evento, a presidente do partido participou um debate sobre redes sociais da esquerda. Ela afirmou que há uma grande diferença em comparação com a extrema-direita. “Temos um diferencial de estrutura monstruoso. Os financiadores (da extrema-direita) são grandes, e não temos a mesma estrutura. A gente conta com a militância, com a luta. O que não podemos é deixar de nos articular, estarmos organizados”, disse, lembrando da articulação com produtores de conteúdo “contrahegemônicos” nas eleições de 2022.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o protagonista do primeiro dia do Foro de São Paulo, na quinta-feira, 29. Em discurso, ele elogiou os ditadores Fidel Castro e Hugo Chávez, disse “se orgulhar” do rótulo de comunista e afirmou que é preciso manter as críticas aos partidos de esquerda reservadamente, “entre amigos”.
“Precisamos tentar discutir os nossos erros para que a gente possa corrigi-los. Entre amigos, a gente conversa pessoalmente. A gente não faz críticas públicas porque as críticas interessam à extrema-direita”, afirmou Lula.
Também participaram do evento inaugural figuras do PT ofuscadas pelo mensalão, como José Dirceu e Delúbio Soares. Delúbio ainda distribuiu um livro em que chama o escândalo de corrupção de “farsa”.