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Tebet volta a insistir na aprovação da reforma tributária: ‘tem pontos que precisam ser olhados, mas é a bala de prata’

Ministra do Orçamento e Planejamento tornou a insistir na reforma tributária como 'única solução’ para o Custo Brasil

Ministra Simone Tebet tornou a insistir na aprovação da reforma tributária em entrevista nesta quarta-feira

A ministra Simone Tebet (MDB), à frente do Orçamento e Planejamento, tornou a insistir, em entrevista na manhã desta quarta-feira (28), na aprovação da reforma tributária. A mudança é, para ela, a única solução para alavancar o crescimento econômico do Brasil, gerar empregos, diminuir a taxa tributária para a população de baixa renda e manter as indústrias em território nacional.

Veja mais: ‘Não se pode falar em concessão’, diz Haddad ao defender reforma tributária

Se por um lado, Tebet declarou que a reforma ‘nunca esteve tão madura’, por outro ela também admitiu haver ‘pontos que precisam ser olhados com cuidado’. “Especialmente no setor de serviços. Precisa ser olhado. Mas, ela (reforma tributária) é necessária, é nossa única bala de prata para resolver o Custo Brasil”, citou, se referindo às dificuldades tributárias e burocráticas no setor de negócios.

“As indústrias fecham no Brasil em função desse custo. Nós já ofereceremos segurança jurídica, previsibilidade e credibilidade. Mas, é necessária a diminuição da carga tributária. E essa diminuição só acontecerá com uma forma”, cravou.

Debates sobre projeto

A reforma tributária vem sendo apontada pela equipe econômica do governo Lula como prioritária na agenda junto ao Congresso. O tema, no entanto, divide governadores e parlamentares, que temem perdas nas arrecadações estaduais.

Na semana passada, após críticas de alguns governadores, o ministro Fernando Haddad (PT), defendeu que concessões não sejam permitidas no texto. A expectativa é que a proposta seja votada na próxima semana na Câmara dos Deputados.

“Os impactos da reforma são muito diluídos no tempo. Isso é uma virtude da reforma tributária, que ao você diluir o tempo ninguém está pensando no próprio umbigo. Está todo mundo pensando no que é melhor pro país. Então não se pode falar em concessão. Tem que se falar em busca de um equilíbrio”, disse a jornalistas na porta do Ministério da Fazenda, nesta segunda-feira (26).

Na última quinta-feira (22), representantes dos estados estiveram em Brasília para discutir pontos do texto com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se colocou como mediador das negociações. Ao ser questionado sobre a cobrança de governadores por um fundo de compensação de R$ 75 bilhões, o ministro da Fazenda afirmou que a resposta é “equilíbrio”.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.