O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou ao Senado Federal uma licença médica e vai ficar afastado das atividades no Congresso Nacional - o que inclui a CPMI do 8 de janeiro.
Ao deixar o local, disse a jornalistas que teve um problema de “pressão alta”.
Em nota, a assessoria de Marcos do Val disse que ele foi aconselhado pela junta médica a “licenciar-se imediatamente das atividades parlamentares” para cuidar da saúde.
“Enquanto o senador estiver licenciado o seu gabinete continuará aberto e funcionando normalmente”, diz trecho do comunicado.
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A assessoria do senador diz, ainda, que ele será substituído pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) durante a ausência na CPMI do 8 de janeiro. “Mesmo não sendo do seu Partido, que é detentor da vaga na CPMI, é conhecido pela sua defesa dos ideais conservadores e do Brasil”, diz a nota.
“O senador Marcos do Val não tem dúvidas de que a atuação do senador Marcos Rogério dará continuidade ao trabalho ferrenho que realizou para que a CPMI fosse, enfim, instalada”, continua o comunicado.
Ainda de acordo com a assessoria do senador, ele buscará restabelecer sua saúde “o mais breve possível” para retornar às atividades no Congresso Nacional.
Alvo na Polícia Federal
Há menos de uma semana, Marcos do Val foi alvo de uma operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal em seu gabinete no Senado e endereços ligados a ele em Brasília e Vitória (ES). Documentos e aparelhos de celular foram apreendidos.
A operação ocorreu no dia do aniversário de Marcos do Val e foi autorizada por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O senador ainda foi intimado a prestar depoimento às autoridades policiais. Após o início das operações, a
A decisão de Moraes sobre a operação não foi divulgada, mas dois dias antes da atuação da PF, ele publicou documentos sigilosos em sua conta no Twitter relacionados a relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre alertas que teriam sido remetidos a órgãos do governo federal em ocasião dos atos realizados por bolsonaristas em 8 de janeiro deste ano.