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Conselho de Ética abre processos contra deputadas de esquerda por críticas à aprovação do marco temporal

Pedidos foram feitos pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro

Deputadas se manifestaram durante sessão do Conselho de Ética, que abriu processo contra elas

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira (14), processos disciplinares contra quatro deputadas federais do PSOL e duas do PT. Os pedidos foram feitos pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As seis parlamentares foram alvo de representações no Conselho de Ética por protestos contra a aprovação de um requerimento de urgência do projeto de lei do marco temporal de terras indígenas.

Após a aprovação do pedido que aceleraria a votação do projeto (que acabou aprovado no plenário posteriormente), as deputadas passaram a criticar os parlamentares pelo resultado.

“Assassinos do povo indígena, vocês são assassinos do nosso povo”, disseram.

O PL decidiu, inicialmente, apresentar um pedido conjunto contra as deputadas que protestaram contra o resultado da votação. Depois, o partido decidiu retirar esse pedido inicial e apresentar representações individuais contra cada uma das deputadas.

“Não satisfeitos com o resultado da votação absolutamente regular e democrática, o grupo de parlamentares passou a proferir ofensas aos deputados que votaram favoravelmente, especialmente ao senhor deputado Zé Trovão (PL-SC), autor do requerimento de urgência, que se utilizava de seu direito à palavra para agradecer aos colegas que teriam apoiado sua proposição”, afirmou o partido.

O Conselho de Ética sorteou, ainda, uma lista tríplice para a relatoria de cada um dos processos. Caberá ao presidente do conselho escolher os nomes dentre essas listas tríplices para relatar o processo contra cada uma das deputadas.

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