O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, mais uma vez,
“Eu não indiquei o presidente do Banco Central, já fiz minha crítica e, nesse país, em que o mercado financeiro tomou conta do lugar da indústria, o Presidente da República não pode nem criticar o presidente do Banco Central, que dizem que ele está influenciando na economia. Mas é uma excrescência que, no dia de hoje, a taxa de juros ser 13,75%. O país não merece isso”, disse Lula durante discurso na sede da Federação.
Leia mais:
Todo mundo pode falar de tudo, menos de juros, diz Lula em discurso ao ‘Conselhão’ Pacheco: medidas tomadas pelo governo Lula é que criarão ambiente para queda de juros ‘Qual pobre pode comprar carro popular por R$ 90 mil?’, questiona Lula ao defender crédito
Lula disse, ainda, que os empresários de São Paulo e de todo o país “vão ganhar muito” com a Presidência e defendeu a diminuição da taxa de juros.
“O banco tem que colocar dinheiro no mercado para a economia girar. Como é que o pequeno empresário vai sobreviver se não tiver crédito? Como vai poder chegar no BNDES e pagar 18% de juros? Para fazer o quê?”, questionou. “Está na verdade, assinando um atestado de óbito ao não fazer empréstimo”, afirmou.
O presidente citou o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante a crise de 2008, em seu segundo mandato.
“Na crise de 2008, o papel do BNDES na recuperação desse país. Enquanto o mundo desenvolvido gerou 100 milhões de desempregados, nós geramos 22 milhões de empregos de carteira assinada”, afirmou.
Além de Lula, o Dia da Indústria na Fiesp reuniu o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Fiesp, Josué Gomes.