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BHLot: Câmara aprova projeto que cria loteria municipal em Belo Horizonte

Texto foi aprovado em 1° turno; proposta é destinar recursos arrecadados à assistência social, esporte e cultura

Com 41 cadeiras, os vereadores da CMBH têm o salário na casa dos R$18 mil.

A Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira (2), em 1° turno, a criação de uma loteria municipal em Belo Horizonte, a BHLOT. A ideia é que os recursos arrecadados sejam usados para financiar ações de assistência social e projetos nas áreas de cultura, esporte, saúde, segurança pública e direitos humanos.

O texto foi aprovado por 35 votos a 4. Foram contrários à proposta os vereadores Bráulio Lara (Novo), Marcela Trópia (Novo), Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Flávia Borja (PP).

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O projeto precisa ser aprovado em segundo turno e sancionado pelo prefeito Fuad Noman (PSD) para a loteria ser criada.

“Foi uma questão de postura partidária. O Novo é contra ampliar a atuação do poder público além do que a gente acha que é essencial, que seria saúde, educação e segurança”, afirmou Altoé.

Autor da proposta, Juliano Lopes (Agir) usa o exemplo de Cuiabá, capital do Mato Grosso, onde uma loteria similar arrecada R$ 1,7 milhão ao ano.

Loteria municipal de BH

Segundo ele, a BHLot seguiria a mesma linha da Loteria Mineira, administrada pelo governo estadual, onde as pessoas compram as cartelas e os números são sorteados.

“Também há loterias assim em Campinas e Fortaleza. É um projeto que a prefeitura de Belo Horizonte consegue arrecadar por loteria própria. Esses recursos vão diretamente pro fundo social e investidos no esporte e ação social”, explicou o vereador.

“Eu não tenho uma previsão porque não sei qual será a adesão da população. Vai depender do marketing da prefeitura. Mas creio que se Cuiabá arrecadou isso, Belo Horizonte [pode arrecadar] em torno de R$ 5 milhões. É uma perspectiva”, acrescentou Lopes.

Segundo o vereador, a Secretaria de Administração ficaria responsável pela organização e gestão da loteria municipal.