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Zema critica invasões de terras e alfineta Lula: ‘Temos mecanismos anti-lambanças’

Governador Romeu Zema participou de abertura da Expozebu na manhã deste sábado (29), ao lado de Tarcísio Freitas e Ronaldo Caiado

Governador Romeu Zema criticou invasões de terras e alfinetou governo Lula

O governador Romeu Zema (Novo) participou na manhã deste sábado (29) da abertura da Expozebu, em Uberaba, e prometeu rigor para evitar invasões de terras em Minas Gerais. Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Zema fez referência ao governo petista, dizendo que o país tem “mecanismos anti-lambanças”.

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O evento, que contou com a participação dos governadores Tarcísio Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União Brasil), foi marcado por várias falas críticas às invasões de terras promovidas nas últimas semanas pelo MST e promessas de tolerância zero para invasões.

“Quero fazer coro ao Tarcísio e ao Caiado, a segurança em Minas vai continuar. Temos invasões em Minas, mas aqui, entrou uma ou duas pessoas e elas já são retiradas imediatamente. Porque o problema é quando você tem dezenas ou centenas de pessoas. Nossa PM está atenta e o homem do campo vai aplicar seu tempo para produzir e não para vigiar a propriedade”, afirmou Zema.

O governador defendeu as concessões para garantir mais investimentos nas estradas mineiras e lamentou não ter recursos disponíveis para melhorias em infraestrutura como o governo de São Paulo.

“Eu gostaria de ter um cofre igual ao do governador Tarcísio, mas infelizmente eu e o Caiado estamos em recuperação judicial. Mas estamos recuperando as estradas, lembrando que o asfalto que temos no estado tem mais de 10 anos de idade. Somente no ano passado tivemos condições de recuperar 2,5 mil quilômetros. Temos uma malha muito extensa, esse trabalho de recuperação está acontecendo, mas não é de um semestre para outro que se recupera mais de 20 mil quilômetros de rodovias”, afirmou Zema.

Críticas indiretas

Na parte final do discurso, Zema alfinetou o presidente Lula, mesmo sem citar diretamente o petista. O governador de Minas defendeu o Marco do Saneamento, alterado por decreto do governo federal, e a Lei das Estatais.

“Fizemos avanços extraordinários nos últimos 10 anos que não podem ter retrocessos. As estatais só podem ter seus principais cargos ocupados por pessoas com competência comprovada. Só quer mudar isso quem quer o retrocesso. Hoje, nós temos o marco do saneamento, que vai atrair investimentos, e só quer mudar isso quem quer o retrocesso”, disse Zema.

Ele finalizou o discurso dizendo que, mesmo com ações negativas cometidas “lá em Brasília”, o país tem mecanismos para evitar retrocessos.

“O Brasil hoje tem vários mecanismos anti-lambança. Por pior que venha a ter alguém lá em Brasília, ele não vai conseguir fazer grandes bobagens. Porque os nossos deputados federais e senadores foram sábios nos últimos anos, fizeram diversas mudanças, que evitam que as atrocidades cometidas em 2014, 2015 e 2016 se repitam no Brasil”, concluiu Zema.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.