O deputado federal Samuel Viana (PL) foi o único da bancada mineira do Partido Liberal a votar a favor do requerimento de urgência para a votação do projeto de lei das Fake News. A urgência foi
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Dos 11 deputados mineiros do PL, apenas Viana foi favorável ao pedido de urgência. No entanto, o deputado fez críticas ao projeto e disse que não votará a favor do projeto na próxima semana.
“O projeto, com o texto e relatório do jeito que estão hoje, não tem meu voto favorável. Voto contra, caso o texto permaneça do jeito que está”, afirmou.
Criticado por vários seguidores em suas redes sociais, o parlamentar mineiro postou um vídeo justificando sua votação. Ele explicou que foi feito um acordo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) para a aprovação da urgência, mas que as demandas da oposição seriam incluídas no relatório final do projeto.
“O projeto das Fake News não foi votado no mérito aqui hoje em Brasília. Nenhum deputado federal votou a favor ou contra esse projeto. O que foi votado hoje, que não tem nada a ver com o mérito do projeto, foi o regime de urgência para se votar e tramitar esse projeto aqui dentro da Câmara”, disse Viana.
“Nós tivemos hoje uma reunião de líderes, da oposição e da situação, da direita e da esquerda, junto com o presidente Arthur Lira, onde ficou acordado que iria ser votado esse regime de urgência no projeto de lei das Fake News, mas em contrapartida nós teríamos duas condições: primeiro, os deputados federais teriam na semana que vem, quando o projeto for a votação, autonomia para votar independente da orientação do partido, e segundo, as adaptações que a oposição quer incluir no texto do projeto seriam de fato incluídas pelo relator. Ou seja, votando o regime de urgência, as adaptações no texto contra a censura e contra a liberdade de expressão que a oposição quer seriam incluídas”, continuou o deputado.
‘Críticas fazem parte do contexto político’
Por meio de nota, enviada à reportagem da Itatiaia, o deputado minimizou as críticas que recebeu nas redes sociais e disse que muitas pessoas divulgaram a informação de forma errada.
“Acredito que as críticas nas redes sociais em sua maior não são de seguidores, de pessoas que acompanham o nosso trabalho no parlamento e desde a época da campanha. São de pessoas de todos os cantos do país que são seguidores de diversas páginas de internet ligadas a outros políticos ou páginas de disseminação de informações, que simplesmente divulgaram da seguinte forma: “votou contra a liberdade de expressão e a favor da censura”. E, assim, algumas pessoas criticam sem compreender o nosso pensamento e o que foi acordado”, escreveu Viana.
“Contudo, recebemos as críticas com muita normalidade e naturalidade, uma vez que elas fazem parte do contexto político. Certamente, não conseguiremos agradar a todos. Respeitamos a opinião de todos. Todavia, compreendemos que, infelizmente, algumas pautas causam divergências diante do nosso posicionamento, e isso é normal. Principalmente, quando se trata de um assunto onde, para ter mobilização digital, é falado que se votou contra ou a favor de um projeto sobre censura e liberdade de expressão, quando, na verdade, o mérito do projeto ainda não foi votado. O que foi votado foi, tão somente, o regime de urgência. Então, as críticas são recebidas com tranquilidade”, concluiu.
