A Polícia Federal adiou o depoimento do ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, Anderson Torres, que estava previsto para o início da tarde desta segunda-feira (24). O adiamento ocorre após Torres passar pela avaliação de uma psiquiatra que atestou a impossibilidade dele comparecer “a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana”.
Ainda não há uma data para que o depoimento aconteça. Segundo a CNN Brasil, a remarcação da oitiva será feita pelo delegado Flávio Reis, que é o responsável pelo inquérito que investiga a atuação de Anderson Torres na operação da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno da eleição presidencial no ano passado.
Torres está preso preventivamente desde janeiro. Ele também é investigado por suposta omissão no enfrentamento aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na ocasião, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas viajou para Miami, nos EUA, na véspera dos atos.
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Na semana passada, a defesa de Anderson Torres pediu que a prisão preventiva dele fosse revogada pois ele não teria mais capacidade de atrapalhar as investigações.
“Ocorre que, após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora”, afirmou a defesa de Anderson Torres no pedido de adiamento do depoimento feito à Polícia Federal.
“A despeito disso, a defesa informa que o requerente, tão logo esteja recuperado, pretende cooperar para o esclarecimento dos fatos em apuração, motivo pelo qual pugna pela redesignação de sua oitiva”, acrescentaram os advogados.