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PGR apresenta denúncia e pede prisão de Sergio Moro por fala sobre Gilmar Mendes

Senador foi denunciado por crime de calúnia por conta de vídeo que viralizou na última semana; Moro diz que frase foi retirada de contexto

Moro pode perder o mandato caso seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Sergio Moro (União Brasil). Na representação, a PGR pede a prisão do parlamentar por crime de calúnia contra o ministro do Supremo, Gilmar Mendes.

O caso será julgado pelo STF e, caso condenado a uma pena maior do que quatro anos, o senador poderá perder o mandato.

O pedido da Procuradoria-Geral da República atende a um questionamento de Gilmar Mendes, que foi à PGR para abrir uma representação contra Moro por conta de um vídeo que viralizou nas redes sociais na semana passada.

De acordo com a representação assinada por Lindôra Araújo, Moro cometeu crime de calúnia contra Gilmar Mendes. Segundo o documento, citado pela Folha de S. Paulo, o senador tinha ciência da gravidade da acusação contra o ministro do Supremo e, mesmo assim, a fez em público e sabendo que estava sendo filmado. A vice-procuradora-geral da República ainda afirmou que ele tinha o objetivo claro de descredibilizar a atuação do ministro no STF.

Ainda de acordo com a Folha, Moro terá 15 dias para se manifestar sobre o assunto assim que for notificado da representação.

‘Comprar um habeas corpus’

No vídeo de oito segundos, Moro aparece com um copo na mão em uma festa. Uma pessoa que não foi filmada diz: “Está subornando o velho”. Moro, então, responde: “Não, isso é fiança. Instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

Questionado sobre o vídeo, a assessoria de Moro disse que a frase foi retirada de contexto.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.