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MP instaura inquérito para apurar aumento do nível de emergência de barragem em Brumadinho

Barragem de mineradora Morro do Ipê, que estava em condição de estabilidade, passou para nível 1 de emergência

MP de Minas Gerais abriu inquérito para investigar aumento de nível de emergência de barragem em Brumadinho

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou, nesta quarta-feira (15), um inquérito civil para investigar os motivos da elevação do nível de emergência na barragem de rejeitos de mineração B1, da empresa Mineração Morro do Ipê S.A.

A barragem, que antes possuía declaração de condição de estabilidade, foi elevada para o nível 1 de emergência. A Morro do Ipê assinou, em 2022, um termo de compromisso com o Ministério Público para descaracterizar, no menor prazo possível, suas barragens de rejeitos alteadas à montante.

O inquérito foi aberto pela Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Brumadinho, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma).

Segundo o MP, os promotores do caso estão acompanhando as condições de segurança da barragem.

Por meio de sua assessoria, a mineradora informou que as barragens da Mineração Morro do Ipê estão em processo de descaracterização, desativadas e não recebem rejeitos.

“Durante os estudos para o processo de descaracterização da Barragem B1 Ipê, foi detectada a necessidade de realizar a análise de um novo fator de segurança, chamado de “não drenado de pico”. Identificou-se que uma das três seções da barragem (seção BB) não atingiu o parâmetro mínimo para tal fator. No entanto, é importante ressaltar que o estado de conservação da estrutura permanece adequado, sem trincas e anomalias”, diz a nota.

De acordo com o site da mineradora, as três barragens da Mineração Morro do Ipê estão desativadas e não são mais usadas para depositar rejeitos gerados no tratamento do minério.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.