A Polícia Civil cumpre na manhã desta quarta-feira (15) mandados contra bolsonaristas que agrediram jornalistas na avenida Raja Gabaglia, um dia antes da retirada de manifestantes antidemocráticos. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizaram um acampamento em frente à 4ª Região Militar do Exército, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O principal alvo é o empresário Esdras Jônatas dos Santos, um dos articuladores do movimento.
Os policiais foram até uma casa localizada no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, mas Esdras não foi encontrado. Ele já deixou o Brasil. Além do empresário, duas mulheres, entre elas uma que deu um tapa na câmera de um cinegrafista, são alvo da operação. Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão nos endereços delas.
Procurada pela Itatiaia, a defesa do empresário disse que não estava sabendo sobre o ‘mandado e, por isso, não tem o que falar sobre o cliente se entregar nos Estados Unidos’.
A investigação está a cargo da 2ª Delegacia da Regional Sul, que tem equipe composta pelas delegadas Cinara da Rocha Santos, Fernanda Fiuza Sidney, pelo inspetor Paulo Claudino Avelar Júnior e pelos investigadores Rafael Cyrino Mansur e Tomaz Prates Sternick.
Acampamento
O acampamento, que contava com
No dia 6 de janeiro,
Veja também:
No dia anterior, um fotógrafo do jornal ‘Hoje em Dia’ foi agredido, o que acelerou a realização da operação.
Dois dias após a desmobilização do acampamento, apoiadores de Bolsonaro que estavam acampados em frente ao Quartel-Geral do Exército, em Brasília, marcharam pela cidade, invadiram e destruíram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
‘Protesto’ parou na Justiça
A polêmica sobre a desmobilização do acampamento foi parar na Justiça e resultou até no afastamento do juiz Wauner Batista.
O magistrado acatou um pedido do empresário Esdras dos Santos e permitiu que ele manifestasse na avenida Raja Gabaglia. A decisão também obrigou que a prefeitura devolvesse os objetos apreendidos na operação, sob pena de multa.
A Prefeitura de Belo Horizonte foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a liminar de Wauner. Denunciado por “conduta golpista” ao Conselho Nacional de Justiça, o