Jornalistas foram agredidos por manifestantes durante a ação de remoção do acampamento na avenida Raja Gabaglia, no Gutierrez, na Região Oeste, em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, nesta sexta-feira (6).
Em vídeo registrado pela equipe da Itatiaia, é possível ver um grupo de manifestantes cercando jornalistas. Uma mulher, que segura uma bandeira do Brasil, derruba a câmera de um cinegrafista. Depois disso, várias pessoas se envolveram no tumulto.
Em certo momento, o grupo avança em direção aos profissionais dando socos e empurrões. Veja o vídeo
Esse é o segundo caso em menos de 24 horas. Na quinta-feira (5), o profissional do Hoje em Dia cobria o ato no acampamento quando foi perseguido e agredido por integrantes do movimento. De acordo com o jornal, o profissional foi jogado no chão, arrastado e agredido, além de ter tido a câmera roubada e as lentes destruídas.
Ele foi levado para o pronto-socorro do Hospital João XXIII, onde recebeu atendimento. De acordo com a atualização mais recente, o profissional passa bem. Ele registrou ocorrência.
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Repúdio às agressões
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudiou as agressões sofridas pelos profissionais da imprensa.
"É preocupante que as equipes jornalísticas não tiveram o apoio e segurança dos policiais militares que se encontravam no local”, afirma o texto.
Confira a nota, na íntegra
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia as agressões sofridas pelos jornalistas que faziam a cobertura da ação de remoção do acampamento em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, em Belo Horizonte (MG), nesta sexta-feira (6).
Os profissionais da imprensa foram empurrados e fortemente agredidos com chutes e socos pelos manifestantes. Algumas equipes tiveram os equipamentos danificados.
É preocupante que as equipes jornalísticas não tiveram o apoio e segurança dos policiais militares que se encontravam no local.
A ABERT condena toda manifestação que não seja pacífica e lembra que todo e qualquer ato de violência que tenha como objetivo impedir a cobertura jornalística de fatos de interesse público é uma violação à liberdade de imprensa e ao direito de informação do cidadão, garantias previstas na Constituição Brasileira.
A ABERT pede às autoridades locais uma rigorosa apuração dos fatos, inclusive em relação à conduta policial, e a identificação e punição dos agressores.