O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta sexta-feira (10) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ambos se reuniram diante de jornalistas e fotógrafos na Casa Branca, em Washington, e o brasileiro falou que os dois países devem trabalhar juntos para evitar novas ameaças à democracia.
Lula também citou, como temas centrais na conversa, o combate à desigualdade social e às mudanças climáticas. Em seguida, os dois se encontraram a portas fechadas.
“Temos um problema para trabalharmos juntos, que é nunca mais permitir que haja um novo capítulo do Capitólio e que não haja mais o que aconteceu no Brasil, com a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do presidente e da Suprema Corte”, disse Lula se referindo à invasão do Legislativo norte-americano em 6 de janeiro de 2021 e à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
Outra questão abordada por Lula no encontro com Biden foi o combate à desigualdade social e a questão racial.
“Jovens negros da periferia, muitas vezes, são vítimas da incapacidade do Estado. A violência que existe na periferia é a ausência do estado com políticas públicas para garantir sonhos à juventude”, afirmou o presidente brasileiro.
Mudança climática
Sentado de frente a Biden em uma sala da Casa Branca, Lula defendeu o estabelecimento de uma governança global para que os países sejam obrigados a cumprir os acordos relacionados à mitigação dos efeitos causados pelas mudanças climáticas.
“A questão climática, se não tiver uma governança mais forte, que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo. Não sei se o fórum adequado é a ONU, o G20, o G8, mas alguma coisa temos que fazer para obrigar os países, os nossos Congressos, nossos empresários a acatar as decisões que tomamos em níveis globais. Se isso não acontecer, nossa discussão sobre a questão climática ficará muito prejudicada”, afirmou Lula. “Nós não temos muito tempo, urgentemente temos que tomar atitude”, completou.
“No Brasil, vamos fazer o que temos que fazer, os Estados Unidos e o resto do mundo podem contar com o Brasil na luta pela democracia e pela preservação ambiental”. encerrou.