A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defende a retirada de grileiros, garimpeiros e outros invasores de terras indígenas para impedir crimes e proteger a população local. Ela classifica como “genocídio” a situação observada entre os Yanomami, em Roraima, e afirma que o governo Bolsonaro publicava ações no Diário Oficial que alertavam garimpeiros sobre eventuais fiscalizações.
“Ações são estruturadas e (feitas) sempre de surpresa. Geralmente, com Bolsonaro, colocavam no Diário Oficial quando iam fazer as ações, que era para os bandidos fugirem”, aponta.
Marina conversou com a reportagem da Itatiaia no Congresso Nacional, nesta quarta-feira (1º), na posse dos deputados federais.
“Está sendo feito um trabalho de forma integrada por vários ministérios, da Saúde, Justiça, Defesa, Meio Ambiente, Direitos Humanos. Um trabalho para reparar uma situação de genocídio e todo esforço está sendo feito em várias direções, inclusive para fazer a desintrusão da área Yanomami. Não só Yanomami, como dos Caiapós, Mundurukus”, afirma.
Marina lista os crimes encontrados nas aldeias. “As comunidades foram completamente assoladas pelo garimpo, pelo tráfico de drogas, de armas, violência da grilagem, contaminação dos rios dos peixes. É um caso de lesa pátria e lesa humanidade”.