O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou na noite desta sexta-feira (13),
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A investigação vai apurar quem são os autores intelectuais e instigadores dos atos que resultaram na depredação dos prédios do Supremo, do Congresso Nacional e do Planalto.
Nesta semana, após os ataques em Brasília, Bolsonaro postou em suas redes um vídeo em que contestava o resultado das eleições, vencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Horas depois, Bolsonaro apagou as postagens.
O MP entendeu que, com a divulgação desse vídeo, o ex-presidente teria incitado seus apoiadores a cometerem crimes.
Na decisão, o ministro Moraes determinou que a Meta/Facebook preservasse o vídeo, inclusive os metadados “pertinentes à postagem (data, horário, IP etc.), para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance (número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários), antes de ser apagado”.
“Observa-se, como consequência das condutas do ex-Presidente da República, o mesmo modus operandi de divulgação utilizado pela organização criminosa investigada em ambos os inquéritos anteriormente mencionadas, com intensas reações por meio das redes virtuais, pregando discursos de ódio e contrários às Instituições, ao Estado de Direito e à Democracia, circunstâncias que, em tese, podem ter contribuído, de maneira muito relevante, para a ocorrência dos atos criminosos e terroristas tais como aqueles ocorridos em 8/1/2023, em Brasília/DF”, escreveu Moraes.
Moraes disse ainda que o interrogatório do ex-presidente deve ocorrer em um outro momento. “Diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado, Jair Messias Bolsonaro, será apreciado posteriormente, no momento oportuno”.
Ao todo, sete inquéritos foram requeridos ao Supremo para apurar as responsabilidades pelos atos do último domingo (8). As apurações estão divididas em núcleos que buscam identificar executores, financiadores, autores intelectuais e instigadores e autoridades públicas envolvidas.