O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou em depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (13), que o Exército impediu a
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Ibaneis afirmou que determinou que o acampamento instalado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, fosse desmontado dois dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que o Exército se opôs à retirada.
Ele disse ainda que o presidente Lula sabia dessa postura do Exército. “Indagado a respeito de medidas inicialmente adotadas para conter os acampamentos, o declarante afirmou que a área é sujeita a administração do comando do Exército, contudo o GDF manteve contato com os comandantes militares para organizar a retirada pacífica dos acampados”, disse o governador afastado.
O depoimento do governador afastado aos agentes da PF durou cerca de três horas. Ele deixou a sede da PF às 14 horas. Ibaneis afirmou que ficou surpreso com a ação das força de segurança de disse que houve ‘sabotagem’ das forças de segurança.
Ele disse que, ao assistir pela televisão o início do tumulto na Esplanada dos Ministérios, ordenou que todas as forças de segurança fossem para a rua conter os invasores das sedes dos Poderes. "Às 15:39 horas, ao acompanhar pela TV o início de um tumulto próximo do Congresso Nacional, determinou ao secretário de segurança em exercício ‘coloca tudo na rua’ e na sequência ainda disse ‘tira esses vagabundos do Congresso de prendam o máximo possível’”.
Inquérito no STF
Nesta sexta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a responsabilidade quatro pessoas nos atos de violência registrados em Brasília no último domingo (8).
Entre os citados estão o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ex-secretário de Justiça do DF, Anderson Torres, seu número 2 na pasta, Fernando de Sousa Oliveira e o comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Vieira, que está preso.
A decisão é do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos.
De acordo com a PGR, fatos revelam “omissão e conivência” de diversas autoridades da área de segurança pública e inteligência do DF, como a ausência de policiamento, em especial do Comando de Choque, durante os atos; autorização para ingresso de ônibus livremente em Brasília; inércia no encerramento do acampamento em frente ao Exército.