O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo federal no Congresso Nacional, e a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, vão apresentar à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Ambos criticaram o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) e o secretário de Justiça, Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública de Jair Bolsonaro - pela falta de ação das forças policiais para conter um grupo de bolsonaristas que invadiu os edifícios-sede do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo (8).
Em publicações nas redes sociais, tanto Randolfe como Gleisi Hoffmann, disseram que ambos são responsáveis pelas consequências das ações ocorridas hoje nesta capital federal.
Ainda de acordo com Randolfe, a “manifestação terrorista” em Brasília era prevista e contou com “quase cumplicidade” de Ibaneis Rocha.
“Qualquer coisa que vier a acontecer com a vida das pessoas e ao patrimônio do povo brasileiro, o Sr @IbaneisOficial será responsabilizado”, afirmou em uma rede social.
O senador ainda disse que protocolaria dois pedidos ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Um deles para a prorrogação do inquérito dos atos antidemocráticos a partir dos acontecimentos de hoje em Brasília e o impedimento da posse ou o afastamento do secretário de Justiça do DF, Anderson Torres.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ter falado por telefone com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que teria garantido ter tomado esforços para controlar a situação.
“Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, afirmou.
Invasões em Brasília
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal na tarde deste domingo (8). Vestidos de verde e amarelo e abraçados a bandeiras do Brasil, eles também ocupam parte da praça dos Três Poderes.
Imagens mostram um grupo de bolsonaristas rompendo um bloqueio que havia sido colocado pelas forças de segurança, subindo a rampa do Congresso Nacional e ocupando o telhado do edifício do Poder Legislativo. Posteriormente, eles invadiram gabinetes e o plenário do Senado.
Outros grupos também invadiram o Palácio do Planalto, onde despacha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, mais tarde, a sede do STF. As vidraças do prédio do Supremo foram apedrejadas, o plenário foi invadido pelos bolsonaristas, assim como gabinetes dos ministros, que foram depredados e revirados.
