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Moraes converte prisão temporária em preventiva para investigados por atos violentos em Brasília

Quatro pessoas foram presas e sete estão foragidas; investigados tentaram invadir sede da PF e atearam fogo em veículos

Apoiadores de Bolsonaro atearam fogo em veículos na noite do dia 12 de outubro

Onze pessoas presas com mandado de prisão em aberto por conta dos ataques violentos cometidos na noite do dia 12 de dezembro, em Brasília (DF), tiveram a prisão temporária convertida em preventiva. A decisão é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ao todo, quatro pessoas foram detidas e estão presas - Átila Reginaldo Franco de Mello, Klio Damião Irano, Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante. As outras sete, citadas pelo STF, estão foragidas.

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No dia 12 de dezembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) apedrejaram e tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, e atearam fogo em ônibus e carros. De acordo com Moraes, eles tentaram, “de forma organizada e coordenada, por meio de ataques à propriedade pública e privada, impedir o regular exercício dos poderes constitucionais.”

Os ataques começaram depois que a própria PF prendeu o cacique José Acácio Sererê Xavante, uma liderança indígena e pastor missionário, que havia publicado uma série de vídeos com ameaças a ministros do STF e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta semana, Sererê Xavante publicou uma carta em que pedia desculpas pelos ataques e que foi influenciado, com base em informações falsas, a dizer que havia fraudes no sistema eleitoral.

De acordo com as investigações, a maioria dos investigados pelos ataques de 12 de dezembro estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Moraes justificou a conversão da prisão temporária para preventiva com base na continuidade dos atos democráticos. Para ele, é “possível constatar manutenção do ânimo golpista em alguns pontos do país e por meios de manifestações nas redes sociais”.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.