Preso desde o dia 12 de dezembro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o cacique José Acácio Sererê Xavante divulgou uma carta em que pede desculpas e que não defende uma “ruptura democrática”.
Líder indígena e pastor missionário, o cacique Sererê Xavante foi preso após gravar vídeos com ameaças a ministros do STF, dentre eles o próprio Moraes. Ele também dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomaria posse no último dia 1º de janeiro.
Na carta, divulgada pelos advogados que o defendem, ele diz que errou ao defender a tese, sem provas, de que as urnas eletrônicas seriam fraudadas.
“Reconheço que cometi um equívoco ao defender tese de que haveria fraude, ou mesmo risco de fraude, nas urnas eletrônicas. Na verdade, não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro”, afirmou.
O líder indígena ainda diz que baseou seus ataques em informações “erradas”.
“Defendi a tese da suposta fraude, com base em informações erradas, que me foram fornecidas por terceiros, que, agora, olhando para trás, vejo que estavam inteiramente desvinculadas da realidade”
Ataques em Brasília
A prisão do cacique desencadeou uma série de
Eles depredaram e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, para onde o cacique foi levado, e atearam fogo em carros e ônibus em diversos pontos da capital federal. Ninguém foi preso pelos distúrbios.