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Candidato à presidência do Senado, Marinho diz que Judiciário tem invadido esfera do Legislativo

Senador eleito criticou inquérito das Fake News e disso que Congresso precisa buscar equilíbrio entre os Poderes

Senador eleito Rogério Marinho diz que Judiciário está invadindo competências do Legislativo

O senador eleito Rogério Marinho (PL), que se lançou para a disputa da presidência do Senado em 2023, afirmou que a população demonstrou nas urnas o desejo por um Legislativo diferente nos próximos anos.

“Sou candidato à presidência do Senado, uma responsabilidade muito grande, o parlamento brasileiro passa por um momento de transição. Dos 27 parlamentares que se submeteram ao julgamento das urnas, 20 não conseguiram renovar os mandatos: cinco se elegeram, um se elegeu governador e uma se elegeu vice-governadora. Então a própria sociedade já deu uma demonstração muito clara de que o caminho que o Senado escolheu nos últimos anos não é o mais adequado”, disse Marinho.

Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (21), Marinho afirmou que algumas decisões do Judiciário invadiram as competências do Legislativo e que os senadores precisam se posicionar para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes.

“Ao longo desse período várias ações foram perpetradas pelo Judiciário que invadem a competência do Senado da República e do Legislativo de forma geral. Então é importante essa volta à normalidade democrática, é importante que o Senado cumpra sua missão, e para isso estamos propondo uma renovação em seu comando”, disse o parlamentar.

Marinho deve disputar o comando do Senado com Rodrigo Pacheco (PSD), que tentará a reeleição no comando da Casa. O senador eleito fez críticas ao inquérito das Fake News, aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar supostos atos antidemocráticos.

“Há quase quatro anos estamos sob a excepcionalidade do inquérito das fake news. Que vem de uma forma, eu diria fora do ordenamento jurídico normal, tomando decisões que afetam a liberdade de expressão e a inviolabilidade dos mandatos. Tivemos recentemente quase uma dezena de parlamentares impedidos de exercer sua missão constitucional de se comunicarem com a nação. Em nome da democracia não se pode praticar atos que agridem a democracia”, avaliou Marinho.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.