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Em meio a julgamento, Congresso vota projeto que dá mais transparência a orçamento secreto

Projeto de Resolução é assinado pelas mesas da Câmara e do Senado e apresenta critérios para liberação da emenda RP9

Congresso vota projeto que pode modificar orçamento secreto

O Congresso Nacional vota nesta quinta-feira (15) um projeto de resolução que dá novas regras na distribuição de emendas do relator. O objetivo do PRN 3/22 é, segundo os deputados e senadores que o assinam, dar mais transparência para o chamado orçamento secreto. A previsão para o ano que vem é que as emendas alcancem R$ 19 bilhões.

A votação ocorre em meio a um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade ou não das emendas RP9, que destinam parte do orçamento federal para obras e investimentos em municípios e estados sem transparência.

Até o momento, a presidente do STF, Rosa Weber, votou pelo fim do orçamento secreto, mas os ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques votaram pela permanência do mecanismo, alegando que essa é uma questão interna entre o Congresso Nacional e o Executivo.

“Foram incluídos [no projeto] dispositivos destinados a distribuir proporcionalmente as indicações que serão cadastradas pelos parlamentares e encaminhadas ao relator-geral pelos líderes partidários e pelos Presidentes das respectivas Casas Legislativas”, diz trecho da justificativa do Projeto de Resolução.

Confira as regras para distribuição das emendas:

  • até 5% por indicações do relator-geral e do presidente da Comissão Mista de Orçamento;

  • até 7,5% por indicações da Mesa Diretora do Senado Federal;

  • até 7,5% por indicações da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados;

  • até 23,33% por indicações cadastradas pelos senadores, segundo a proporcionalidade partidária, a serem feitas pelo líder do partido;

  • até 56,66% por indicações cadastradas pelos deputados, segundo a proporcionalidade partidária, a serem feitas pelo líder do partido.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.