O consórcio italiano INC S.P.A venceu nesta sexta-feira (12) o leilão do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte.
Com deságio de 12,14%, o grupo ofereceu uma contraprestação de R$ 91.144.207,40, ficando à frente do consórcio chinês Novos Caminhos BH, que ofereceu um deságio de 10,20%, no valor de R$ R$ 93.156.724,61
O leilão foi realizado na tarde desta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). As duas propostas foram abertas e em seguida o grupo italiano foi declarado vencedor.
Em discurso após o leilão, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, comemorou o sucesso da concorrência pública e ressaltou a importância da obra para a Região Metropolitana de BH.
O secretário afirmou que até a realização do leilão foram vencidas 48 ações na Justiça contra o projeto. Só nos últimos dias, as prefeituras de Betim e Contagem ingressaram com cinco ações para tentar barrar o leilão.
“Para se fazer um projeto como esse precisamos responder 48 ações na Justiça. É muita gente querendo atrapalhar”, afirmou Marcato.
“Foram mais de 112 dias de consultas públicas, nenhum processo de infraestrutura no Brasil tem isso. Esse projeto não menosprezou nenhuma minoria. Esse é o primeiro projeto desse porte que tem obrigação de realizar uma auditoria de direitos humanos antes do início das obras. Essa cláusula é única e mostra nosso comprometimento com uma infraestrutura sustentável”, disse o secretário em seu discurso
Marcato afirmou que o sucesso do leilão representa um avanço contra interesses individuais, de barões que “no passado atuavam para barrar” projetos que não fossem de seu agrado.
“Meu avô, filho de italianos, dizia que do outro lado do Atlântico as coisas eram assim. Esse projeto é civilizatório porque mostrou as forças das instituições mineiras”, disse Marcato. “Esse projeto está apenas começando, mas vai salvar vidas, vai aumentar a competitividade mineira e mudar nossa infraestrutura. Está só começando”
A obra
O projeto do Rodoanel é considerado pelo governo estadual a
O modelo da contratação será via parceria público-privada (PPP). A empresa vencedora da licitação será responsável pela elaboração de projetos, construção da rodovia, além da sua operação e manutenção pelo prazo de 30 anos.
Ao Estado caberá a fiscalização do contrato para que todas as exigências sejam cumpridas pela concessionária e o nível de serviços oferecido aos usuários da via seja satisfatório.