Veja quatro dicas para acalmar seu pet durante a queima de fogos de artifício

Guia prático de segurança e bem-estar para proteger seu animal de estimação durante as festas de fim de ano

A sensibilidade auditiva de cães e gatos é muito superior à dos humanos, por isso o estrondo de um fogo de artifício é percebido por eles com uma intensidade muito maior, causando dor física e desorientação

A chegada das festas de fim de ano é um momento de celebração para as pessoas, mas pode representar um verdadeiro pesadelo para os animais de estimação. Devido à audição extremamente sensível, o barulho das explosões desencadeia reações de pânico, ansiedade e tentativas de fuga que colocam a vida do animal em risco.

Entender como acalmar cachorro e gato com medo de fogos de artifício na noite de ano novo é uma responsabilidade fundamental de todo tutor para garantir a integridade física e emocional do pet.

O medo excessivo não é apenas um incômodo; ele libera hormônios de estresse que podem afetar a saúde do animal, especialmente em idosos ou portadores de doenças cardíacas e neurológicas.

Preparar o ambiente e adotar medidas preventivas são as melhores formas de minimizar o impacto sonoro e transformar a virada do ano em um momento menos traumático para os companheiros de quatro patas.

Por que o barulho afeta tanto os animais?

A sensibilidade auditiva de cães e gatos é muito superior à dos humanos. Enquanto nós ouvimos até cerca de 20.000 Hz, os cães podem ouvir até 45.000 Hz e os gatos até 64.000 Hz. Isso significa que o estrondo de um fogo de artifício é percebido por eles com uma intensidade muito maior, causando dor física e desorientação.

Além da questão fisiológica, o barulho dos fogos é imprevisível. Para o animal, aquele som alto e repentino é interpretado como uma ameaça imediata à sua sobrevivência, ativando o instinto de luta ou fuga. Cães podem tentar cavar, pular janelas ou destruir portas para escapar, enquanto gatos tendem a procurar refúgios apertados e altos para se esconderem.

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Preparação do ambiente seguro

A criação de um refúgio seguro dentro de casa é uma das estratégias mais eficazes para lidar com o problema. O objetivo é isolar o som externo o máximo possível e oferecer um local onde o pet se sinta protegido.

  • Feche portas e janelas: isso ajuda a abafar o som e evita fugas caso o animal entre em pânico. O uso de cortinas grossas ou cobertores nas janelas também ajuda a bloquear os flashes de luz, que podem ser gatilhos de ansiedade.
  • Crie uma “toca": para cães, pode ser uma caixa de transporte aberta coberta com um lençol ou um espaço embaixo de uma mesa. Para gatos, disponibilize caixas de papelão ou prateleiras altas onde eles possam se isolar.
  • Ruído branco ou música: ligue a televisão, o rádio ou um ventilador. Sons constantes e familiares ajudam a mascarar o barulho intermitente e assustador das explosões lá fora.

Retire objetos perigosos: Remova objetos de vidro ou pontiagudos do ambiente onde o pet ficará, evitando ferimentos caso ele corra ou se debata.

Dicas práticas para a hora da virada

Durante o momento de maior intensidade dos fogos, a atitude do tutor influencia diretamente o comportamento do animal. É importante manter a calma e seguir algumas diretrizes para transmitir segurança.

  1. Não force a interação: se o gato se escondeu embaixo da cama ou o cachorro foi para a caixa de transporte, não tente tirá-los de lá à força. O esconderijo é o mecanismo de defesa deles. Respeite esse espaço.
  2. Aja com naturalidade: evite pegar o animal no colo excessivamente ou demonstrar preocupação exagerada, pois isso pode validar o medo dele. Fique por perto, ofereça uma presença tranquila e, se ele buscar contato, faça carinho de forma suave.
  3. Uso de feromônios sintéticos: existem produtos no mercado (difusores ou sprays) que imitam os odores naturais de apaziguamento para cães e gatos. Eles ajudam a reduzir a ansiedade e criar uma sensação de segurança no ambiente.
  4. Enriquecimento ambiental: ofereça brinquedos recheáveis com petiscos ou alimentos úmidos congelados momentos antes dos fogos começarem. O ato de roer e lamber ajuda a liberar endorfinas, promovendo relaxamento e distraindo o foco do barulho.

Identificação é vital: Mesmo com todos os cuidados, acidentes acontecem. Certifique-se de que seu pet esteja usando uma coleira com placa de identificação contendo nome e telefone atualizado.

Atenção à saúde e medicação

É comum que tutores busquem soluções medicamentosas para sedar o animal durante os fogos. No entanto, o uso de tranquilizantes ou sedativos sem orientação veterinária é extremamente perigoso e contraindicado.

Alguns medicamentos antigos apenas imobilizam o animal, mas não reduzem a percepção do barulho ou o medo, deixando o pet preso em seu próprio corpo enquanto sente pânico, o que pode piorar o trauma futuro. Apenas um médico veterinário pode avaliar a necessidade de ansiolíticos seguros, prescrever a dosagem correta baseada no peso e histórico de saúde do animal e orientar sobre o momento certo da administração.

Para animais com histórico de convulsões, problemas cardíacos ou idosos, a consulta prévia com o veterinário é obrigatória antes das festas de fim de ano, pois o estresse intenso pode desestabilizar quadros clínicos preexistentes.

A proteção dos animais durante a queima de fogos exige planejamento e paciência. Ao aplicar técnicas de isolamento acústico, enriquecimento ambiental e manter uma postura calma, você aumenta significativamente as chances de uma noite tranquila.

Lembre-se de que preparar o ambiente para acalmar cachorro e gato com medo de fogos de artifício na noite de ano novo é um ato de amor e posse responsável. Em casos de fobia severa, não hesite em buscar ajuda profissional de um veterinário comportamentalista para iniciar um tratamento de dessensibilização a longo prazo.

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