Ave típica da América do Sul, é conhecida pela plumagem verde com detalhes coloridos e pelo canto alto em bando. Apesar de popular nas cidades, é um animal silvestre cuja criação em cativeiro só pode ocorrer em condições específicas e regulamentadas pelo IBAMA.
O nome “maritaca” é popular e se refere a diferentes psitacídeos menores que papagaios, como maitacas e periquitões, mas todos compartilham características semelhantes de voo em bando e vocalização alta.
Essas aves vivem em grupos de seis a oito indivíduos, podendo formar bandos de até 50 quando há alimento disponível.
“São aves muito sociais, que voam e se alimentam juntas, além de emitirem vocalizações fortes para se comunicar”, explica a Enciclopédia WikiAves.
Também gostam de se banhar em rios e lagos, comportamento comum entre psitacídeos.
No Brasil, as maritacas se distribuem do Nordeste ao Sul, ocupando florestas úmidas, áreas de cerrado e até regiões agrícolas, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A espécie também ocorre em países vizinhos, como Bolívia, Argentina e Paraguai.
A criação em cativeiro, no entanto, exige cuidados e atenção à legislação. Segundo o IBAMA, a manutenção de aves silvestres só é permitida com comprovação de origem legal, por meio de nota fiscal e certificado de criadouro autorizado.
Caso contrário, a prática é considerada crime ambiental, com pena de até um ano de detenção e multa.
Além do risco legal, o confinamento pode comprometer a saúde da ave. O blog da Cobasi alerta que maritacas são animais que precisam viver em grupo e voar longas distâncias, sendo inadequado mantê-las em gaiolas pequenas.
O estresse causado pelo cativeiro reduz o bem-estar e favorece doenças. Por isso, especialistas defendem que o melhor é apreciar os bandos livres, atraindo-os com árvores frutíferas nos quintais, sem tentar domesticá-los.
Cuidados para uma convivência responsável
- Nunca adquirir maritacas de forma ilegal ou sem documentação;
- Respeitar a legislação ambiental e denunciar casos de tráfico;
- Evitar gaiolas pequenas e confinamento prolongado, que geram sofrimento;
- Valorizar a observação das aves em liberdade, sem tentar domesticá-las;
- Incentivar práticas de conservação que protejam seus habitats naturais.