A pelagem dos gatos é uma boa camada de isolamento em dias de temperaturas baixas. Ela é uma das responsáveis por regular a temperatura corporal dos bichanos
Quando sentem frio, é comum vê-los se encolherem em uma bolinha apertada para minimizar a perda de calor ou buscar lugares quentinhos, como perto de aquecedores, sob cobertores ou em caixas.
A temperatura corporal normal de um gato, que varia entre 38ºC e 39ºC, é semelhante à dos humanos e exige que eles circulem em ambientes aquecidos.
“Gatos buscam instintivamente lugares quentes e se encolhem para conservar o calor em condições frias”, afirma o CatsLove.com em um artigo sobre a regulação da temperatura felina.
Gatos que têm acesso ao exterior devem sempre ter um abrigo quente e seco disponível, e em dias de frio extremo, chuva ou vento forte, é fundamental mantê-los dentro de casa.
Algumas raças, como Sphynx (que não possuem pelos), Cornish Rex ou Siameses, são naturalmente mais sensíveis ao frio devido à menor camada de gordura ou ausência de pelagem.
Filhotes, gatos idosos ou aqueles com condições de saúde preexistentes também demandam atenção extra, pois a capacidade de termorregulação deles é mais limitada.
“A pelagem densa de um gato oferece alguma proteção contra o frio, mas não é uma armadura impenetrável”, destaca a American Veterinary Medical Association (AVMA).
A entidade enfatiza que “temperaturas extremamente baixas, especialmente combinadas com vento ou umidade, podem ser perigosas para qualquer gato, independentemente da raça ou idade”.
Sinais de alerta e cuidados básicos
A exposição prolongada ao frio pode trazer consequências como hipotermia e até congelamento.
A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal do gato cai perigosamente abaixo do normal, podendo causar falência de órgãos se não for tratada.
“Qualquer gato com temperatura abaixo de 35°C deve ser considerado em perigo”, alerta a rede Garden State Veterinary Specialists.
De acordo com a instituição, sintomas como falta de resposta, patas extremamente frias ou respiração lenta exigem atendimento veterinário imediato.
Os sintomas de hipotermia podem variar, mas geralmente são identificados por:
- Pelo arrepiado e comportamento encolhido;
- Orelhas, patas e nariz frios ao toque do tutor;
- Letargia, fraqueza ou movimentos descoordenados;
- Tremores;
- Gengivas pálidas ou azuladas;
- Respiração lenta e superficial.
Para garantir o conforto e a saúde do gato durante o inverno, tutores devem proporcionar locais quentes e aconchegantes, como camas confortáveis e macias com cobertores, ou até mesmo camas aquecidas, dependendo do clima.
Além disso, a prioridade deve ser manter os gatos dentro de casa em temperaturas abaixo de 7°C, especialmente raças mais sensíveis ou gatos com a saúde debilitada.
Apesar do frio, a água deve estar sempre fresca e acessível, e a nutrição adequada se torna ainda mais necessária, pois os gatos podem queimar mais calorias para se manterem aquecidos no frio.
“Assim como nos humanos, a hidratação e uma nutrição balanceada são vitais para a imunidade felina, que pode ser desafiada pelo estresse térmico do frio”, pontua o Feline Health Center da Cornell University, dos Estados Unidos, em material sobre cuidados no inverno.