Muitos aquaristas iniciantes podem cometer um erro comum: escolher peixes sem considerar o espaço real do aquário. Essa decisão equivocada pode resultar em superlotação, competição por alimento, degradação rápida da água e, nos casos mais graves, doenças e morte prematura dos peixinhos.
Por isso, os tutores devem conhecer as necessidades específicas de cada espécie e entender os limites do ambiente, pois é o que vai garantir saúde e longevidade aos habitantes do tanque.
Um dos equívocos mais recorrentes é calcular a quantidade de peixes apenas com base em uma “polegada por litro”, regra simplista que ignora comportamento social, níveis de atividade e incompatibilidades entre espécies.
Além disso, espécies que parecem pequenas quando jovens podem crescer rapidamente, como os platys e guppys, que acabam ocupando mais espaço e demandando maior filtração.
Segundo especialistas em aquarismo da Aquatic Life Magazine, o ideal é pesquisar o tamanho adulto médio de cada espécie e, sobretudo, sua agressividade, temperatura preferida e requisitos de pH e dureza da água.
Desconsiderar essas variáveis é uma das principais causas de estresse, que por sua vez reduz a imunidade dos peixes e eleva o risco de doenças.
Impactos do erro na escolha e como evitá-los
Outra falha comum é misturar peixes de biotipos diferentes, como por exemplo combinar espécies de superfície como bettas com habitantes de fundo como coridoras sem avaliar espaço ou nível de atividade.
Isso pode gerar tensão constante e competitividade por alimento, gerar desgaste físico e emocional nos peixes.
A falta de esconderijos ou de enriquecimento ambiental, como plantas ou troncos, também contribui para comportamentos ansiosos, defensivos e infecções oportunistas.
Os tutores devem evitar esses erros comuns ao escolher peixes para aquários pequenos:
- Subestimar o tamanho adulto das espécies. Procure sempre saber o porte final;
- Ignorar o nível de atividade e compatibilidade ao não misturar apenas espécies com comportamento semelhante;
- Usar a “polegada por litro” sem considerar a biologia dos peixes;
- Não calcular adequadamente a capacidade de filtragem e trocas de água;
- Falta de esconderijos, plantas ou estrutura para reduzir o estresse.
Considerar o tamanho final, o comportamento, as necessidades ambientais e a capacidade real do aquário são medidas essenciais para evitar estresse, doenças e mortalidade precoce.
Para promover um ambiente equilibrado, saudável, e muito mais prazeroso para todos os habitantes do tanque, os tutores devem optar por peixes compatíveis e condicionamento adequado da água.