A dor na coluna em cães é um problema comum, principalmente em raças predispostas, como Dachshunds, Labrador e Corgis.
O PetMD destaca que essa condição pode surgir por causas variadas, desde hérnia de disco, artrite, traumas, até obesidade e osteossarcoma, e alerta que “a dor muitas vezes se manifesta de forma silenciosa, por meio de mancar, relutância em pular ou postura encurvada”.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) recomenda que tutores observem com atenção sinais como tremores, postura anormal, sensibilidade à toque e mudança de comportamento, enfatizando: “a detecção precoce evita evolução grave”.
Sintomas silenciosos que sugerem dor na coluna
Reconhecer cedo é crucial: observe postura, apetite e comportamento para evitar agravamentos
De acordo com os hospitais veterinários da rede VCA, cães com dor na coluna podem apresentar:
- vocalizações ao serem tocados, rigidez, postura arqueada e relutância em se mover;
- lambedura intensa na região lombar, apatia, falta de apetite e alterações no humor;
- dificuldade para subir escadas ou saltar, dores ao caminhar e até incontinência em casos mais graves.
Esses sinais devem levar o tutor a buscar avaliação veterinária imediata, pois condições como doenças discais, discospondilite (infecção da coluna vertebral) ou até tumores podem estar em evolução silenciosa.
Como agir diante de dor na coluna canina
Diante da dor na coluna, o primeiro passo é procurar um médico-veterinário, preferencialmente especialista em ortopedia ou neurologia, para um diagnóstico preciso.
Exames de imagem, como radiografias, tomografias ou ressonâncias magnéticas, são fundamentais para identificar possíveis hérnias, infecções ou outras alterações.
E após o diagnóstico, o tratamento geralmente envolve repouso rigoroso e restrição de movimentos, que pode durar semanas, conforme orientação médica.
O uso de medicamentos específicos, como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, deve ser feito exclusivamente com prescrição.
Além disso, o tutor deve manter o peso do animal sob controle e adaptar sua rotina para incluir atividades físicas leves, evitando sobrecarga na coluna.
Em quadros mais graves, como hérnias discais avançadas ou infecções persistentes, pode ser necessária cirurgia, como a laminectomia.
Após o tratamento inicial, sessões de fisioterapia e reabilitação, como hidroterapia e exercícios assistidos, contribuem significativamente para a recuperação funcional do animal.
Especialistas em neurologia da VCA destacam que deficiências como paresia (fraqueza), incoordenação e até incontinência exigem intervenção imediata, e, em muitos casos, cirurgia como laminectomia ou fenestração podem restaurar a função motora.