A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Osso de Boi, considerada uma das principais obras de saneamento básico de Ouro Preto, já alcançou 40% de execução em sua primeira etapa. A unidade, que promete transformar o panorama do saneamento na cidade, está em fase de instalação das estruturas dos tanques de contato e de lodo, que chegam ao município nesta semana.
As etapas de terraplanagem e concretagem das bases das estruturas já foram concluídas. Paralelamente, as equipes atuam na construção da subestação de energia, do prédio administrativo e das salas de sopradores e desidratação, que compõem o complexo da estação.
Segundo o superintendente da Saneouro, Evaristo Bellini, a obra tem mobilizado diversas frentes de trabalho. “É um verdadeiro canteiro de obras, com várias atividades que vão dando forma à unidade, que entrará para a história por devolver o tratamento de esgoto a Ouro Preto”, afirmou.
As obras da ETE tiveram início em março deste ano, e a previsão é que a primeira etapa seja concluída em julho de 2026. Ao fim da segunda fase, a unidade será capaz de tratar 100% do esgoto coletado na sede de Ouro Preto, com capacidade média de 125 litros por segundo. O efluente tratado será destinado ao Ribeirão Funil, contribuindo para a despoluição do curso d’água.
O investimento total na construção da estação é de R$ 36,5 milhões, sem incluir os custos com redes, estações elevatórias e interceptores.
Ouro Preto possui um histórico pioneiro na área: o primeiro sistema de tratamento de esgoto da América Latina, construído no século XIX, na região da Barra, hoje desativado. Atualmente, a Saneouro mantém duas estações em operação — uma em São Bartolomeu e outra no bairro Parque da Lagoa, em Cachoeira do Campo —, que juntas tratam 2,69% do esgoto coletado no município.
De acordo com a empresa, o avanço nas obras da ETE Osso de Boi representa um marco para a saúde pública e o meio ambiente. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cada R$ 1 investido em saneamento pode gerar R$ 9 em economia na saúde pública, ao reduzir doenças relacionadas à água contaminada, como hepatite A, cólera, esquistossomose e diarreias infecciosas.
“Iniciamos nossa atuação em Ouro Preto em 2020, dentro de uma concessão de 35 anos. Temos alegria em afirmar que estamos transformando o cenário do saneamento na cidade e, com isso, a qualidade de vida dos moradores”, destacou Evaristo Bellini.
