No ambiente competitivo da
Para esclarecer o que são e qual o impacto desses sistemas, a Itatiaia conversou com Jean Kelvin Menezes, supervisor técnico do Senai/MG e engenheiro mecânico especialista em gestão de projetos e engenharia de segurança do trabalho. Ele explica como essa tecnologia funciona e por que ela está se tornando indispensável.
O que é um sistema embarcado?
Diferente de um computador pessoal, projetado para múltiplas funções, um sistema embarcado é um especialista. Segundo Menezes, a definição é mais simples do que parece e pode ser entendida como a inteligência dedicada de um equipamento.
“Um sistema embarcado é como o ‘cérebro’ de uma máquina. Ele é formado por um pequeno computador que foi feito para executar tarefas muito específicas, diferente de um computador comum que faz várias coisas ao mesmo tempo”, afirma o engenheiro.
Na prática, a aplicação é visível em diversas etapas da
Vantagens para a produção industrial
A implementação de sistemas embarcados se traduz em benefícios diretos para a indústria. A automação de tarefas repetitivas e a precisão milimétrica garantem um salto de qualidade e eficiência, resultando em ganhos financeiros e operacionais.
Conforme o especialista, os pontos positivos são muitos: “A indústria ganha em vários pontos: maior precisão nos processos, mais segurança para os trabalhadores e redução de custos. Isso porque um sistema embarcado ajuda a evitar erros, mantém o ritmo da produção de forma estável e, muitas vezes, até reduz o consumo de energia”, detalha Menezes.
Ele complementa que o investimento na tecnologia se justifica pelos resultados. “No final, é um investimento que traz retorno tanto em produtividade quanto em competitividade”, destaca.
O futuro é a integração entre máquinas
Olhando para o futuro, a evolução dos sistemas embarcados aponta para uma indústria ainda mais conectada e inteligente. O próximo passo, segundo o supervisor do Senai/MG, é fazer com que os equipamentos conversem entre si, criando um ecossistema produtivo autônomo.
“O grande avanço será a integração. A tendência é que as máquinas não fiquem mais ‘isoladas’, mas passem a se comunicar entre si. Imagine uma fábrica onde todos os equipamentos trocam informações em tempo real, ajustando a produção de forma inteligente”, projeta o engenheiro.
Contudo, essa evolução traz consigo novas demandas. “Esse é o caminho, mas também exige desafios como padronização entre diferentes fabricantes e uma forte proteção contra ataques cibernéticos”, conclui .
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