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Automação e manutenção integradas reduzem paradas não planejadas na indústria

Conectar sistemas automatizados aos processos de manutenção permite identificar falhas antes que se tornem críticas, explica gerente do Senai em João Monlevade

Integração entre automação e manutenção otimiza custos e aumenta a segurança operacional

Integrar automação e manutenção significa conectar diretamente os sistemas de produção, como máquinas, sensores, CLPs e softwares de supervisão, às práticas de manutenção industrial.

De acordo com Márcio Viana, gerente do Senai em João Monlevade, essa integração fornece informações em tempo real sobre o estado dos equipamentos, permitindo que a manutenção preventiva ou preditiva seja aplicada de forma mais eficaz.

Monitoramento em tempo real e análise de dados

A integração oferece diversos benefícios para reduzir paradas não planejadas. “Ao identificar sinais de desgaste antes que se tornem problemas críticos, é possível planejar intervenções, prolongar a vida útil dos equipamentos, aumentar a segurança e otimizar custos, realizando manutenção apenas quando necessário”, explica Viana à Itatiaia.

Tecnologias de monitoramento, como sensores de vibração, temperatura, pressão e corrente elétrica, capturam continuamente o comportamento das máquinas. Esses dados são enviados para sistemas de supervisão ou plataformas em nuvem, como SCADA, MES ou soluções de IoT industrial.

A análise desses dados, muitas vezes com inteligência artificial e machine learning, identifica padrões que indicam falhas futuras, permitindo a manutenção preditiva.

Um exemplo prático: se um motor começa a vibrar acima do normal, o sistema emite um alerta, e a equipe pode programar a troca do rolamento no próximo intervalo de produção, evitando interrupções inesperadas.

Desafios da implementação

Apesar dos benefícios, Márcio Viana destaca que implementar estratégias integradas de automação e manutenção envolve desafios. Entre eles estão:

  • Custo inicial elevado: aquisição de sensores, softwares e capacitação da equipe;
  • Integração com sistemas legados: muitas indústrias ainda operam com máquinas antigas sem conectividade;
  • Capacitação técnica: técnicos precisam interpretar dados, e não apenas realizar tarefas mecânicas;
  • Gestão da mudança: exige transformar a cultura operacional, muitas vezes voltada ao modo “apaga-incêndio”;
  • Segurança cibernética: a conexão de máquinas em rede demanda proteção digital adequada.

Segundo Viana, superar esses obstáculos é fundamental para que as indústrias aumentem a confiabilidade das operações e reduzam perdas decorrentes de paradas inesperadas.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.