As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como diabetes, hipertensão e obesidade, representam hoje uma das maiores ameaças à saúde pública e ao ambiente de trabalho. Além dos impactos diretos na vida dos indivíduos, essas doenças geram consequências econômicas significativas para as empresas, como aumento de afastamentos, presenteísmo e aposentadorias precoces.
“Essas condições comprometem a produtividade, aumentam os custos com saúde e impactam diretamente a sustentabilidade da força de trabalho”, afirma Fernanda Cardoso Zanetti, coordenadora técnica de Promoção da Saúde do Sesi em entrevista à Itatiaia.
De acordo com ela, as organizações precisam reconhecer que têm um papel estratégico na prevenção dessas doenças, indo além do cumprimento de obrigações legais e assumindo um compromisso genuíno com o bem-estar de seus colaboradores.
Ações estruturadas e baseadas em evidências
Zanetti explica que a adoção de uma política de promoção da saúde no trabalho deve considerar o perfil dos funcionários e os recursos disponíveis.
“Alguns exemplos são campanhas de educação em saúde, oferta de alimentos saudáveis, incentivo à prática de atividades físicas, acompanhamento com profissionais de saúde física e mental e flexibilização de horários para consultas e exames”, detalha.
Ela reforça que benefícios como pausas para atividade física ou apoio psicológico podem, sim, fazer a diferença, desde que bem estruturados.
“Pausas curtas, como ginástica laboral de 15 minutos, têm efeito limitado ou nenhum efeito sobre DCNTs. Já práticas regulares de ao menos 30 minutos diários de atividade física moderada, como recomenda a OMS, têm impacto comprovado”, explica.
Além disso, a adesão dos colaboradores às ações depende da adequação às suas reais necessidades e da base científica que sustenta as iniciativas. Benefícios que parecem simples, como oferecer frutas no refeitório ou promover encontros sobre saúde mental, tornam-se eficazes quando fazem parte de uma estratégia maior e integrada.
Saúde como valor corporativo
A especialista ainda destaca que ambientes corporativos que demonstram cuidado genuíno com o bem-estar dos funcionários tendem a ser mais produtivos e engajados. “Há redução de faltas, menos presenteísmo, maior engajamento e fortalecimento do vínculo entre trabalhador e empregador”, afirma.
Com a crescente prevalência das DCNTs e o envelhecimento da força de trabalho, investir na saúde dos colaboradores deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade.
A atuação proativa das empresas nesse cenário não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma estratégia inteligente de gestão de pessoas e de negócios.
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