Levantamento da CNI aponta otimismo na construção civil para início de 2026

Setor encerra 2025 com índices de expectativa em campo positivo, apesar de pequenas e médias empresas ainda operarem com capacidade ociosa e baixa confiança no cenário econômico.

Pequenas e médias indústrias da construção projetam aumento no nível de atividade para o primeiro semestre de 2026

A Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela um cenário de transição para o setor ao final de 2025. Para o pequeno e médio industrial, o levantamento indica uma melhora nas perspectivas de atividade, embora a confiança geral do empresariado ainda enfrente resistência.

Retomada do otimismo operacional

Os índices de expectativa dos empresários registraram aumento na passagem de novembro para dezembro de 2025. Todos os indicadores de projeção cruzaram a linha divisória de 50 pontos, sinalizando otimismo para o primeiro semestre de 2026.

  • Novos empreendimentos: O índice saltou de 49,2 para 51,1 pontos, indicando previsão de alta nos lançamentos.
  • Insumos e matérias-primas: A expectativa de compras subiu para 51,7 pontos, sugerindo maior movimentação nas cadeias de suprimento.
  • Nível de atividade: O indicador atingiu 51,7 pontos, refletindo uma perspectiva de crescimento mais disseminada entre as empresas.
  • Emprego: A intenção de contratar subiu para 51,0 pontos, revertendo a tendência de queda verificada no mês anterior.

Desempenho e capacidade

Apesar do otimismo futuro, o desempenho de novembro apresentou oscilações. O nível de atividade geral da construção ficou em 48,2 pontos. Nas pequenas empresas, esse índice foi de 43,2 pontos, enquanto nas médias registrou 45,2 pontos.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do setor recuou para 67%. Especificamente para o pequeno industrial, a utilização média foi de 62%, e para o médio, de 64%.

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Desafio na confiança

O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da Construção interrompeu uma sequência de três altas e caiu para 48,4 pontos em dezembro. O resultado mantém o índice abaixo da linha de 50 pontos por todo o ano de 2025, o que caracteriza falta de confiança.

Essa retração é explicada pela percepção negativa das condições atuais da economia brasileira, cujo índice caiu para 43,3 pontos. No entanto, a intenção de investir apresentou leve recuperação, subindo 1,0 ponto em dezembro para atingir 43,3 pontos.

A pesquisa foi realizada entre 1 e 10 de dezembro de 2025, com uma amostra de 295 empresas, sendo 114 de pequeno porte e 124 de médio porte.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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