Ouvindo...

Indústria aposta em tecnologia para estender a vida útil dos alimentos; saiba como

Analista de Tecnologia do Senai-MG explica como estratégias de otimização do shelf-life e desenvolvimento de produtos inovadores reduzem perdas

Tecnologias de conservação e embalagens inteligentes prolongam a vida útil dos alimentos e reduzem desperdícios

Manter alimentos seguros, saborosos e atrativos por mais tempo é um dos grandes desafios da indústria de alimentos. A busca por soluções que aumentem a vida útil dos produtos, conhecida como otimização do shelf-life, vem se consolidando como um diferencial competitivo e estratégico no setor.

Segundo Flávia Luísa Callegari Rodrigues, analista de Tecnologia do Senai-MG, o processo envolve uma combinação de fatores que garantem a estabilidade físico-química, microbiológica e sensorial dos alimentos durante o armazenamento.

“Desde a escolha da matéria-prima até o tipo de embalagem e as condições de conservação, tudo influencia na durabilidade do produto”, explica à Itatiaia.

Como prolongar a vida útil e garantir a qualidade

A otimização do shelf-life depende de uma série de estratégias que começam na seleção das matérias-primas, passam pela formulação equilibrada e chegam aos processos tecnológicos utilizados.

Flávia destaca que técnicas como pasteurização, congelamento, desidratação e embalagens a vácuo são essenciais para reduzir a deterioração e garantir segurança alimentar.

O uso de embalagens adequadas, que protegem contra luz, oxigênio e umidade, é outro fator determinante, assim como o controle rigoroso de temperatura e umidade durante o armazenamento. “Aspectos como pH, atividade de água e oxigênio residual são cruciais para prever a durabilidade de um produto”, complementa.

Hoje, a indústria conta com recursos tecnológicos avançados para prever e estender o shelf-life. Entre eles estão a modelagem acelerada de vida útil (ASLT), a microbiologia preditiva, embalagens inteligentes e métodos espectroscópicos e cromatográficos, que ajudam a monitorar a degradação de compostos sensíveis.

Inovação que agrega valor e competitividade

Além de aumentar a durabilidade dos alimentos, o desenvolvimento de produtos inovadores é outro eixo estratégico para as indústrias que buscam atender às novas tendências de consumo. Flávia ressalta que o setor tem investido em formulações mais saudáveis, com ingredientes naturais, sustentáveis e funcionais.

“Essas inovações permitem alcançar novos nichos de mercado e fortalecer a imagem das marcas, atendendo à crescente demanda por produtos clean label, plant-based e sem glúten”, destaca.

O investimento em otimização de shelf-life e inovação também traz benefícios econômicos e logísticos. A redução de perdas e devoluções, o aumento da eficiência no transporte e a expansão de mercados são algumas das vantagens observadas.

“Ao prolongar a vida útil e oferecer produtos diferenciados, a indústria ganha em rentabilidade, competitividade e valor percebido pelo consumidor”, conclui a analista.

Faça pesquisa e desenvolvimento de alimentos com o Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas e leve inovação à sua linha de produtos. Fale com a gente agora mesmo: clique aqui.

Leia também

Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.