Os recordes mais recentes da bolsa de valores brasileira, que voltou a valorizar nesta sexta-feira (19), após um pregão de correção na quinta-feira (18), não indicam um cenário de festa na economia brasileira, avaliam
A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitoria, ressalta que a taxa de juros alta não favorece o discurso de diversificação nos investimentos, com a alocação de recursos sendo direcionada na renda fixa. “Apesar da bolsa estar batendo recorde, o volume é muito pequeno. Quando a gente olha a locação até dos nossos investidores, a locação em bolsa ainda é muito pequena”, explicou, durante coletiva na sede do banco, em Belo Horizonte.
Na quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a
Rafaela Vitoria destaca que esse momento pode se inverter se o país conseguir corrigir o risco fiscal, e a Selic for ajustada para níveis abaixo de 7% ao ano, com o discurso de diversificação ganhando força. Porém, no momento o interesse do investidor em
“A gente teve nesse período uma busca do investidor por ativos em bolsa, em recomendação de carteira. A gente pode voltar a ver isso em um futuro próximo, mas por hora ainda é muito tímido esse interesse pela bolsa. Ela está batendo recordes, mas com volumes bem baixos”, destacou.
Ruído atrapalha o investidor local
O risco doméstico também está atrapalhando a atratividade dos ativos da bolsa para o brasileiro, com parte importante dos investimentos sendo de investidores estrangeiros. Segundo Matheus Amaral, especialista em renda variável do Inter, o cenário é ruim até para as melhores empresas listadas, que estão com uma avaliação de mercado baixa e ações baratas.
“O cenário não é de festa. Não vemos um IPO, nem follow-on, mesmo com as máximas históricas recentes, e isso é reflexo do cenário doméstico que ainda tem riscos. É muito ruído que atrapalha e o investidor local acompanha mais o mercado do que o investidor estrangeiro”, explicou.
IPO é a sigla em inglês para oferta pública inicial, quando as empresas são listadas na bolsa e passam a ofertar suas primeiras ações no pregão - o último evento ocorreu na B3 em 2021. O “follow-on” ocorre quando a empresa listada passa a ofertar mais ações no mercado.
Inter Invest Summit 2025
Neste sábado (20) o Inter vai realizar o Inter Invest Summit 2025, um evento que vai reunir personalidades do mercado de capitais e os principais especialistas em negócios na
Para o CEO do Inter no Brasil, Alexandre Riccio, trazer os negócios para a realidade da população está na gênese da instituição. “O Inter veio desde o início com essa proposta de trazer uma oferta mais democrática para o mercado, com rendimentos que na época eram completamente diferentes do que eram oferecidos para o investidor comum nos bancos incumbentes”, disse.