O Brasil segue como o país que tem a segunda maior taxa de juros real do mundo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a
Em linhas gerais, a taxa de juros real é obtida pelo desconto da inflação da taxa de juros nominal. No caso, com a inflação em 5,13% no acumulado dos últimos 12 meses, e uma Selic em 15%, os juros reais estão estimados em 9,51%.
O país perde apenas para a Turquia, que tem juros reais em 12,34%. O Brasil fica na frente da Rússia (4,79%), Colômbia (4,38%), e México (3,77%) fechando as cinco primeiras colocações. A vizinha argentina, que passa por dificuldades econômicas e possui uma inflação anual de 33,60%, possui uma taxa de juros reais de 3,54%, ocupando a sétima posição.
Os Estados Unidos, considerada a economia mais estável do mundo, teve um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros nessa quarta (18). O Federal Reserve, banco central americano, levou o intervalo para entre 4% e 4,25%. Com a inflação em 2,6%, a taxa de juros reais fica em 0,43%, na 27ª colocação.
Mas qual o impacto dos juros na vida?
A
Na mesma esteira, o nível de consumo das famílias deve cair. Isso ocorre porque o crédito tem uma relação direta com o aumento do preço dos produtos e serviços, causando uma redução no poder de compra, uma vez que a dificuldade de financiamento pode fazer os produtores a repassarem os preços.
Para Reinaldo Domingos, especialista em Educação Financeira e presidente da DSOP Educação Financeira, o
Por outro lado, a Selic alta favorece os investimentos em renda fixa, uma vez que oferecem remuneração de acordo com a taxa básica de juros. Nesse caso, títulos como tesouro direto, letras de crédito, debêntures e CDBs (Certificado de Depósito Bancário), se tornam mais atrativos no mercado de capitais no longo prazo.