Venezuela: com bloqueio dos EUA, Rússia promete apoio ao regime de Nicolás Maduro

Ministros das Relações Exteriores dos dois países conversaram, nesta segunda-feira (22), sobre as ações do governo norte-americano no Caribe

Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, afirmou que seu homólogo russo Sergey Lavrov, expressou solidariedade ao regime de Maduro

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, conversou com o russo e também ministro, Sergey Lavrov, e garantiu que Moscou é contra o bloqueio anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em um comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram, nesta segunda-feira (22), Gil escreveu que Lavrov “expressou firmemente a solidariedade da Rússia ao povo da Venezuela e ao Presidente Nicolás Maduro Moros, e reafirmou seu total apoio diante das hostilidades contra o nosso país”.

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No texto, o ministro venezuelano afirmou que Lavrov confirmou que a Rússia prestará cooperação e apoio ao país latino americano, “expressando seu completo apoio às ações empreendidas no âmbito do Conselho de Segurança da ONU.”

Gil ressaltou que, durante a conversa com o ministro russo, as “violações do direito internacional cometidas no Caribe” foram analisadas. O venezuelano ainda afirmou que o governo dos EUA está realizando “ataques contra embarcações, execuções extrajudiciais e atos ilegais de pirataria.”

Bloqueio norte-americano

Trump afirmou, na última terça-feira (16), que ordenou bloqueio total de todos os petroleiros sancionados entrando e saindo da Venezuela. Na data, o presidente norte-americano também designou o regime de Nicolás Maduro como uma organização terrorista estrangeira.

Antes do comunicado, as forças armadas dos EUA haviam apreendido um grande navio petroleiro na costa da Venezuela. A informação foi confirmada por Trump em 10 de dezembro.

Na tentativa de pressionar o regime de Nicolás Maduro, um segundo e terceiro navio petroleiro também foram interceptados no mar do Caribe no último fim de semana, segundo a imprensa norte-americana.

O presidente da Venezuela se pronunciou no domingo (21), após a interceptação do terceiro navio petroleiro. Ele tratou a ação como “campanha de agressão”.

Sem citar os Estados Unidos, Maduro disse nas redes sociais que Caracas está enfrentando uma perseguição.

“Durante 25 semanas, a Venezuela denunciou, enfrentou e derrotou uma campanha de agressão que vai do terrorismo psicológico até os corsários que atacaram petroleiros”, iniciou. “Estamos preparados para acelerar a marcha da Revolução Profunda”, concluiu.

*Sob supervisão de Edu Oliveira

Estudante de jornalismo pela PUC Minas, Júlia Melgaço trabalhou como repórter do caderno de Gerais no jornal Estado de Minas. Também já passou por veículos de rádio e televisão. Na Itatiaia, cobre Minas Gerais, Brasil e Mundo.

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