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Trump diz que Maduro ‘ofereceu de tudo’ para diminuir tensão com os EUA

Crise entre Venezuela e EUA cresceu desde que Trump autorizou, na quarta-feira (15), operações da CIA contra o país comandado por Nicolás Maduro

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta sexta-feira (17), que o líder venezuelano, Nicolás Maduro, ofereceu ‘de tudo’ para evitar um conflito com os EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta sexta-feira (17), que o líder venezuelano, Nicolás Maduro, ofereceu “de tudo” para evitar um conflito com os EUA. A tensão entre os dois países cresceu exponencialmente desde que Trump autorizou, na quarta-feira (15), operações da CIA contra a Venezuela.

No entanto, a relação entre os mandatários já estava desgastada desde o início dos ataques contra barcos no Caribe, próximo à costa da Venezuela, em agosto. “Ele ofereceu de tudo, é isso mesmo. Você sabe o porquê? Porque ele não quer se meter com os Estados Unidos”, disse Trump.

A declaração aconteceu em coletiva de imprensa durante encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizado nesta sexta-feira (17). Durante o encontro, Trump também confirmou um ataque contra um submarino carregado com drogas perto da costa da Venezuela na quinta-feira (16).

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De acordo com a imprensa local, o ataque foi o primeiro desde o início das incursões com sobreviventes. Trump, no entanto, não confirmou a informação. “Nós atacamos um submarino carregado com drogas. Um submarino construído especificamente para carregar uma quantidade massiva de drogas. Esse não é um inocente grupo de pessoas. Eu não conheço muitas pessoas que tem submarinos”, afirmou.

Além dos dois mandatários, a reunião contou também com a presença do secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, e do secretário de Estado, Marco Rúbio, que também se esquivou de perguntas sobre o destino dos sobreviventes do ataque. “Os Estados Unidos estão realizando operações contra narcoterroristas. Isso é o que eles são: terroristas”, disse Rúbio.

Mais informações sobre o ataque devem ser divulgadas durante esta sexta-feira (17), sinalizou o secretário de Estado.

Ataques na costa da Venezuela

Desde agosto, quando sete navios de guerra foram enviados para águas internacionais no Caribe, os Estados Unidos atacaram, pelo menos, cinco embarcações, resultando em um saldo de 27 mortos. O Pentágono alega que as incursões são direcionadas a barcos com narcotraficantes.

No entanto, à Itatiaia, o oficial da reserva da Marinha brasileira, Robinson Farinazzo, avaliou os ataques de Trump contra supostos traficantes como algo que pode gerar problemas no futuro. Ele lembrou que algumas famílias de pessoas que morreram nos ataques estão alegando que os parentes não eram traficantes.

“Na verdade, isso se trata de execução extrajudicial feita ao arrepio do direito internacional. Essas pessoas deveriam ser presas e conduzidas a um julgamento. Não houve nada disso. Mais cedo ou mais tarde, essas questões vão ser levantadas”, defendeu Farinazzo.

Presença militar reforçada

A presença militar foi reforçada, nessa quinta-feira (16), nos estados fronteiriços com a Colômbia como parte dos exercícios realizados em resposta à mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa o dirigente venezuelano Nicolás Maduro de ter vínculos com o narcotráfico e autorizou, na quarta-feira (15), operações da CIA contra a Venezuela.

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas