O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (27) que as tarifas comerciais sobre produtos importados ao país entram em vigor no dia 1º de agosto, sem chance de adiamento. Apesar da medida, Trump afirmou que ainda há uma “boa chance” de acordo com a União Europeia para evitar parte das sanções.
A declaração foi feita pouco antes da reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia. Os dois líderes afirmaram, antes do encontro, que havia “50% de chance” de entendimento sobre o acordo.
Durante a conversa com jornalistas, Trump deixou claro que não aceitará tarifas inferiores a 15% e classificou o possível acordo como “o maior já feito” entre as partes. Von der Leyen, por sua vez, defendeu um acerto “baseado na justiça e no reequilíbrio” comercial.
A confirmação do tarifaço veio também pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à Fox News. “Sem prorrogações, sem mais períodos de carência - em
Embora o foco das negociações esteja na União Europeia, o Brasil é um dos países diretamente afetados. Estimativas da indústria e do setor financeiro apontam que o impacto pode ser expressivo: a Federação das Industrias de Minas Gerais (Fiemg) projeta perdas de até R$ 175 bilhões no longo prazo, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se fala em uma queda de 0,16% no PIB de 2025. Segundo o BTG Pactual, só neste ano o país pode perder US$ 7 bilhões em exportações.