Tornado, ciclone extratropical, furacão e tufão: veja as diferenças entre os fenômenos

Embora todos causem ventos fortes e estejam ligados a áreas de baixa pressão, tempestades têm origens e dimensões distintas

Todos são fenômenos naturais, que provocam vento forte em diversas regiões do planeta

Tornados, ciclones extratropicais, furacões e tufões são fenômenos naturais que ocorrem em várias regiões do planeta. Todos podem provocar ventos fortes e chuva, mas cada um tem características próprias de formação, intensidade e tamanho.

Alguns ciclones extratropicais podem gerar ventos de até 120 km/h e provocar chuva intensa. Já tornados, furacões e tufões costumam apresentar ventos muito mais fortes, que facilmente ultrapassam 150 km/h e causam danos severos.

Embora os nomes sejam usados como sinônimos, cada fenômeno é diferente. Entender essas diferenças ajuda na prevenção e na preparação da população.

Sobre as semelhanças

Todos se formam em áreas de baixa pressão atmosférica, que se estendem da superfície até cerca de 5 km de altitude. Esses sistemas costumam provocar ventos fortes e chuva intensa.

Como são classificados

Os ventos de tornados, furacões e tufões são medidos por instrumentos meteorológicos e por satélites. Os tornados são classificados pela Escala Fujita Aprimorada (EF0 a EF5), que vai de 105 km/h a mais de 322 km/h.

Escala Fujita Aprimorada (EF0 a EF5)
(valores de velocidade de vento aproximados)

  • EF 0: 105 km/h a 137 km/h
  • EF 1:137 km/h a 177 km/h
  • EF 2: 179 km/h a217 km/h
  • EF 3: 219 km/h a 265 km/h
  • EF 4: 267 km/h a 322 km/h
  • EF 5: acima de 322 km/h

Já furacões e tufões seguem a Escala Saffir-Simpson, que também considera intensidade do vento. A Escala Beaufort, criada inicialmente para medir o estado do mar, hoje também é usada para relacionar a velocidade do vento a impactos observados em terra.

Como cada fenômeno se parece

O tornado tem formato de funil que liga a nuvem ao solo. Quando esse funil toca o chão, forma-se o tornado. No mar ou em lagos, o funil recebe o nome de tromba-d’água. Esse fenômeno pode ser visto a olho nu.

O ciclone extratropical aparece como uma grande área de nuvens espiraladas, semelhante a um caramujo. Ele não pode ser identificado apenas olhando para o céu, pois seu tamanho só permite a visualização por satélites.

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Furacões e tufões também formam uma grande massa de nuvens arredondada, com “braços” espirais. Quando estão totalmente desenvolvidos, apresentam um buraco no centro, conhecido como “olho do furacão”. Assim como os ciclones extratropicais, também só podem ser vistos do espaço.

As imagens de satélite são fundamentais para monitorar o deslocamento e a evolução desses sistemas.

Diferenças de tamanho

As diferenças de tamanho entre os fenômenos são grandes. Ciclones extratropicais geralmente ultrapassam 1.000 km de extensão.

Furacões e tufões têm, em média, 500 km entre o centro e a área de ventos mais intensos. Já tornados são muito menores: variam de alguns metros até cerca de 2 km de diâmetro.

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Cada fenômeno tem impacto e comportamento distintos, mas todos exigem monitoramento constante e medidas de segurança para reduzir riscos à população.

(Sob supervisão de Aline Campolina)

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Izabella Gomes é estudante de Jornalismo na PUC Minas e estagiária na Itatiaia. Atua como repórter no jornalismo digital, com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo.

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