Governador da Califórnia se diz responsável por recuo do ‘tarifaço’ em produtos brasileiros

Gavin Newsom celebrou a medida em uma publicação na rede social X; o governador também criticou o presidente dos EUA, Donald Trump

O governador da Califórnia, Gavin Newsom

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou nesta sexta-feira (21) ser o responsável pelo recuo do “tarifaço” sobre produtos brasileiros anunciado pelo governo dos Estados Unidos. A decisão foi oficializada na quinta-feira (20), quando o presidente Donald Trump assinou um decreto que determinou a remoção das tarifas de 40% sobre a importação de itens como café, carne bovina, frutas e peças de aeronaves.

Em publicação no perfil oficial de seu gabinete no X, Newsom celebrou a medida: “Uau! Após minha viagem histórica ao Brasil, o ‘dorminhoco’ Don finalmente cedeu e reduziu as tarifas. Carne e café agora estão mais baratos em todo o país. De nada!”. A postagem incluiu uma captura de tela de uma reportagem sobre a decisão de Trump, editada para substituir o nome do presidente americano pelo de Newsom.

O governador esteve recentemente no Brasil, participando de agendas oficiais que incluíram a COP 30, em Belém, no Pará. Em outra mensagem, Newsom acrescentou: “É triste que Don tenha demorado tanto para perceber o que eu, Gavin ‘Abaixem os Preços’ Newsom, já sabia faz tempo. Chega de tarifas para o povo americano! Parem com os impostos! Parem com a enganação! De nada, América!”, pulicou.

Trump zera tarifas de importação

A ordem executiva assinada por Trump nesta quinta-feira (20) determina a remoção das tarifas de 40% sobre determinados produtos agrícolas brasileiros, com efeito retroativo a 13 de novembro. Entre os itens beneficiados estão café, carne bovina, petróleo, frutas e peças de aeronaves, alguns dos principais produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos.

A medida também prevê o reembolso dos impostos cobrados desde o dia 13, em alinhamento com decisão anterior da sexta-feira (14) que reduzia tarifas “recíprocas” sobre importações agrícolas para todos os parceiros comerciais. Antes do decreto, a taxa aplicada sobre os produtos brasileiros era de 10%.

O recuo reverte o decreto de 30 de julho, no qual Trump havia declarado “emergência nacional”, alegando que políticas brasileiras prejudicavam empresas americanas, direitos de liberdade de expressão e a economia dos EUA, justificando a cobrança de sobretaxas.

O comunicado da Casa Branca citou ainda uma conversa entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 6 de outubro, na qual ambos teriam concordado em negociar a questão das tarifas. Segundo o republicano, recomendações da equipe econômica, o avanço nas negociações e a demanda interna levaram à remoção das cobranças.

* Informações com CNN

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