Caso Banco Master: dois alvos da operação da Polícia Federal são soltos

Investigados estavam presos por mandados temporários, que não foram renovados, no âmbito da Operação Compliance Zero

Empresa quintuplicou seu valor nos últimos cinco anos com comportamento considerado agressivo no mercado

A Justiça Federal determinou a soltura de dois suspeitos alvos da Operação Compliance Zero da Polícia Federal, envolvendo o esquema do Banco Master. Os investigados, soltos na madrugada desta sexta-feira (21), estavam presos por mandados temporários, que não foram renovados.

De acordo com apuração da CNN Brasil, os investigados soltos foram André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor de uma empresa suspeita de envolvimento no esquema, e Henrique Souza Silva Peretto, sócio da empresa também investigada.

Os empresários eram os únicos que tiveram prisões temporárias. Nesse caso, eles poderiam ficar presos por apenas 5 dias, com possibilidade de renovação. As demais prisões no âmbito da Operação Compliance Zero foram em cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, quando não há validade de tempo.

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A defesa de André Maia disse, em nota, que o investigado “jamais praticou qualquer conduta ilícita”.

“Da mesma forma, o Sr. André reafirma sua plena disposição em colaborar com as autoridades, prestando todos os esclarecimentos necessários ao regular andamento da investigação, confiando na pronta elucidação dos fatos”, disse o advogado Luiz Felipe Mallmann de Magalhães.

Já a defesa de Henrique Peretto disse que a prisão temporária e soltura foram cumpridas conforme ordem judicial. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

A Operação Compliance Zero teve como objetivo combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. Os investigados podem responder por crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, entre outros.

De acordo com as investigações, o Banco Master estaria envolvido na venda de títulos de crédito falsos, como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), que prometiam um retorno irreal de até 40% acima da taxa básica do mercado.

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas

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