Durante os atos, prédios governamentais e casas de ministros foram incendiados, e autoridades foram arrastadas e agredidas pela multidão
Desigualdade e desemprego
A desigualdade social é um dos principais motivos da revolta. Segundo o Banco Mundial, os 10% mais ricos ganham mais de três vezes a renda dos 40% mais pobres, e 20% da população vive na pobreza. Entre os jovens de 15 a 24 anos, 22% estão desempregados.
Milhões de jovens nepaleses trabalham no exterior para sustentar suas famílias, enquanto a elite política ostenta luxo e permanece impune em casos de corrupção.
De acordo o G1, Gaurav Nepune, um dos líderes dos protestos, disse:
Força da Geração Z
As manifestações foram fortemente organizadas por jovens nascidos entre 1995 e 2009, considerados a primeira geração nativa digital. Eles usam redes sociais para debater política, diversidade e sustentabilidade, além de mobilizar protestos online.
O bloqueio de plataformas, como Facebook, X e YouTube, fez com que os manifestantes recorressem a alternativas como Viber e TikTok.
Aumento da violência
Mesmo após a renúncia do primeiro-ministro Khadga Prasad Oli, do Partido Comunista, os protestos continuaram. Casas de autoridades foram atacadas e incendiadas, incluindo
Dois aeroportos e hotéis, como o Hilton e o Varnabas, também foram danificados, e o aeroporto de Katmandu foi fechado devido à fumaça. Civis foram fotografados portando rifles de assalto pelas ruas da capital.
Quais são os próximos passos?
Um dos nomes mais populares entre os manifestantes é Balendra Shah, de 35 anos, ex-rapper e compositor, prefeito de Katmandu desde 2022.
Após as mortes de manifestantes, Shah chamou Oli de “terrorista” e, depois da renúncia, pediu calma aos jovens:
“Querida Geração Z, a renúncia dos seus opressores na política já aconteceu! Agora, por favor, tenham paciência.”
(Sob supervisão de Aline Campolina)