União Europeia toma decisão sobre gás russo e define prazo; confira

Medida precisa ser aprovada formalmente por 27 Estados e pelo Legislativo do bloco e é mais uma tentativa de estrangular financeiramente a máquina

Medida é mais uma tentativa de estrangular financeiramente a máquina de guerra russa e acabar com a dependência energética em relação a Moscou

Os países-membros da União Europeia chegaram a um acordo com o parlamento do bloco, nesta quarta-feira (3), para proibir todas as importações de gás natural da Rússia a partir do segundo semestre de 2027. A medida é mais uma tentativa de estrangular financeiramente a máquina de guerra russa e acabar com a dependência energética em relação a Moscou.

O pacto ainda precisa ser aprovado pelos 27 Estados e pelo Legislativo da União Europeia e estabelece que contratos de longo prazo para gás natural transportado via gasoduto serão proibidos a partir de 30 de setembro de 2027. A medida ocorre no contexto da invasão russa contra a Ucrânia, que completará quatro anos em fevereiro de 2026.

O pacto estabelece uma possibilidade de adiamento até 1° de novembro, caso os estoques não sejam suficientes. Já os contratos de de longo prazo para gás natural liquefeito (GNL) serão vetados a partir de 1º de janeiro de 2027.

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Por outro lado, no caso dos acordos de curto prazo, a proibição valerá a partir de 25 de abril de 2026, para GNL, e 17 de junho do mesmo ano, para o gás de gasoduto.

O acordo foi celebrado pelo comissário de Energia da UE, Dan Jorgensen. Finalmente, e para sempre, estamos fechando a torneira do gás russo. Não voltaremos nunca mais à nossa perigosa dependência da Rússia”, afirmou.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou um “dia histórico” para o bloco. “Muitos pensavam que não seria possível, mas aconteceu. Agora estamos prontos a abrir colaborações com novos parceiros confiáveis”, disse.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por outro lado, disse que a União Europeia vai depender de produtores que vendem gás por preços “muito mais caros”, o que vai “diminuir a competitividade” do bloco. “Isso só vai acelerar o processo já em curso nos últimos anos de perda do potencial de liderança da economia europeia”, afirmou.

Com informações da Ansa e AFP

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas

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