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Israel x Irã: sirenes soam em Jerusalém e país pede que moradores procurem locais seguros

Alerta veio depois de disparos do Iêmen, afirma o Exército israelense; Oriente Médio vive momentos de tensão desde que Israel lançou um ‘ataque preventivo’ ao Irã

Oriente Médio vive momentos de tensão desde que Israel lançou um ‘ataque preventivo’

Sirenes soaram em várias localidade em Jerusalém e Israel pede que moradores procurem locais seguros nesta sexta-feira (13). Alerta veio depois de disparos de projéteis do Iêmen, segundo Forças de Defesa de Israel. A tensão no Oriente Médio escalonou depois que Israel lançou um ‘ataque preventivo’ ao Irã, que matou mais de 70 pessoas, incluindo líderes militares e cientistas.

Diante das sirenes, as Forças de Defesa em Israel pediram para os residentes em todo o país permanecerem próximos a espaços protegidos. Além disso, o governo também pede que o movimento em áreas públicas seja minimizado e reuniões públicas sejam evitadas. As informações são do correspondente da Itatiaia em Israel, Michel Gawendo.

As Forças de Defesa em Israel ainda definem que, ao receber um alerta, a pessoa deve entrar em um espaço protegido e permanecer lá até que uma atualização oficial seja emitida. Mais cedo, a pasta havia informado que a Marinha israelense tinha interceptado UAVs lançados do Irã por barcos com mísseis.

Imagem mostra foguetes atravessando o céu de Jerusalém em 13 de junho de 2025

Enquanto esperava por uma possível retaliação do Irã, ainda durante a madrugada desta sexta-feira (13), no horário local, o governo de Israel declarou estado de emergência total. Além de fechar o espaço aéreo, o país suspendeu todas as atividades públicas.

A retaliação realmente aconteceu e o Irã respondeu com bombardeios durante a madrugada. Em meio aos ataques, o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, e outros políticos brasileiros, que estão em Israel, foram acordados por sirenes devido aos ataques e tiveram que passar a noite em um bunker.

Conflito em ascensão

Cerca de 78 pessoas morreram e outras 329 ficaram feridas no Teerã, segundo a agência iraniana “Nournews”. O foco do ataque foram instalações nucleares, segundo o governo de Israel. Os bombardeios, que aumentaram a tensão no Oriente Médio, mataram importantes líderes militares do Irã e cientistas nucleares.

Entre as vítimas estão o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas. Os bombardeios, que começaram na madrugada desta sexta, no horário local, seguem durante a noite, segundo reportou a mídia iraniana. Explosões foram ouvidas na capital do Irã e nos subúrbios. Isso, cerca de 12 horas após a onda maciça de ataques israelenses contra o país.

“Houve registros de explosões ouvidas no oeste da província de Teerã", nas cidades de Shahriar e Malard e perto do bairro de Chitgar, em Teerã, reportou a agência de notícias IRNA. Outra agência, a Mehr, noticiou uma explosão em Pakdasht, cidade a sudeste da capital.

Retaliação

Em meio a escalada dos conflitos no Oriente Médio, o Irã afirmou que os ataques de Israel contra as instalações militares e nucleares indicam uma “declaração de guerra”. O país pediu ainda medidas ao Conselho de Segurança da ONU.

Tanto o espaço aéreo de Israel, quanto do Irã estão fechados em meio ao aumento das tensões. Segundo Israel, os ataques desta sexta-feira (13) seriam preventivos.

Os bombardeios aconteceram depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que Israel poderia atacar instalações nucleares do Irã. Ainda nesta sexta, Donald Trump pressionou o governo iraniano sobre o acordo nuclear.

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas