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Israel inicia transferência de prisioneiros palestinos para troca com reféns do Hamas

Medida faz parte do acordo de cessar-fogo em Gaza, que prevê a libertação de 250 detentos palestinos e 48 reféns israelenses

Pessoas se reúnem na “Praça dos Reféns”, em Tel Aviv, para celebrar o acordo assinado entre Israel e o Hamas para a troca de reféns por prisioneiros.

Israel iniciou a transferência de prisioneiros palestinos para duas prisões, como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê a troca por reféns mantidos pelo grupo islâmico Hamas. A informação foi confirmada neste sábado (11) pelo serviço penitenciário israelense.

Segundo o órgão, os 250 prisioneiros serão levados para a prisão de Ofer, na Cisjordânia e para Ketziot, localizada no deserto de Negev, no sul de Israel, próximo à fronteira com o Egito.

Os detentos permanecerão nessas unidades até que os líderes israelenses determinem o momento de seguir com a operação para “permitir o retorno dos reféns a Israel”, informou o serviço penitenciário em comunicado.

Ainda conforme o órgão, milhares de funcionários, incluindo agentes penitenciários, trabalharam durante toda a noite para cumprir a decisão do governo, descrita como “um marco para a libertação de todos os reféns israelenses”.

Pelo acordo, Israel deve libertar 250 prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas de prisão perpétua por ataques mortais. Já o Hamas tem até está segunda-feira (13) para libertar 48 reféns israelenses que ainda estão em Gaza, sendo parte deles vivos e outros mortos em cativeiro.

Além disso, outros 1.700 palestinos detidos pelo Exército israelense durante operações militares em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 também deverão ser libertos como parte do acordo.

Israel publicou nessa sexta (10), uma lista com 250 presos considerados “por razões de segurança” que podem ser trocados por reféns mantidos em Gaza. A lista foi divulgada no site do Ministério da Justiça de Israel. Ela não inclui líderes emblemáticos da luta armada palestina contra o país.

Entre os nomes previamente enviados pelo Hamas a mediadores como Egito, Estados Unidos e Catar estavam Marwan Barghuti, Ahmad Saadat, Hassan Salame e Abbas al-Sayyed, todos condenados à prisão perpétua por ataques mortais.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.