Ouvindo...

Hamas rejeita desarmamento previsto em plano de paz proposto por Donald Trump

Líder do grupo palestino afirmou que entregar as armas ‘não é negociável’

Hamas rejeita desarmamento previsto em plano de paz proposto por Donald Trump

O Hamas rejeitou neste sábado (11) a proposta de desarmamento prevista no plano de paz para Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo informações da Agence France-Presse (AFP), um líder do grupo terrorista afirmou que a entrega das armas “está fora de discussão e não é negociável”.

O plano, composto por 20 pontos, prevê que os membros do Hamas entreguem o armamento e deixem a Faixa de Gaza. T rump indicou que o desarmamento do grupo seria tratado na segunda fase do acordo.

A declaração do líder do Hamas ocorre em meio à manutenção do bloqueio em Gaza e à expectativa de Israel pela liberação dos reféns capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023. O desarmamento do Hamas e a retirada das forças israelenses continuam sendo os principais impasses do plano, apesar do otimismo crescente em torno de um possível fim da guerra que já dura dois anos.

Também neste sábado, Israel iniciou a transferência de prisioneiros palestinos para duas prisões para trocá-los pelos reféns mantidos pelo movimento islâmico Hamas, como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza, segundo o serviço penitenciário israelense. Os 250 prisioneiros seriam transferidos para a prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e para Ketziot, no deserto de Negev, no sul de Israel perto da fronteira com o Egito, explicou o órgão em um comunicado.

Os prisioneiros permanecerão detidos até que os líderes israelenses decidam pela continuidade da operação para “permitir o retorno dos reféns a Israel”.

Segundo o serviço penitenciário, milhares de funcionários, incluindo agentes, “trabalharam durante toda a noite para implementar a decisão do governo dentro do marco para a libertação de todos os reféns israelenses”.

De acordo com o acordo de cessar-fogo, Israel deve libertar 250 prisioneiros palestinos — entre eles, alguns que cumprem penas de prisão perpétua por ataques fatais. O Hamas, por sua vez, tem até segunda-feira (13) para libertar os 48 reféns israelenses que ainda estão em Gaza, alguns vivos e outros mortos em cativeiro.

Além disso, outros 1.700 palestinos, detidos pelo Exército israelense durante operações militares em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, também serão libertados como parte do acordo.

Leia também

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.